O apoio às cartas em defesa da democracia e das liberdades individuais tem crescido dia a dia no Brasil. Dois desses documentos já atingiram ou se aproximam da marca dos 700 mil apoios cada um. Até as 12h40 de segunda-feira (1.º), o "Manifesto à Nação Brasileira - Defesa das Liberdades", do Movimento Advogados de Direita Brasil (ADBR), registrava 705 mil assinaturas no abaixo-assinado online. Já a "Carta aos Brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito", da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), alcançou 640 mil subscritores até a manhã desta segunda, segundo o último balanço informado à reportagem.
O texto divulgado pelo Movimento Advogados de Direita Brasil (ADBR) defende a democracia e as liberdades individuais, principalmente a liberdade de expressão. A carta também criticou as tentativas de consolidação da “ditadura do pensamento único”, de desmonetização dos meios de comunicação independentes e perfis de redes sociais, e ainda os inquéritos com o objetivo de criminalizar a opinião contrária - referência ao chamado “inquérito das fake news” do Supremo Tribunal Federal. O grupo também declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL. O abaixo-assinado está hospedado na plataforma chage.org.
Já a carta da Faculdade de Direito da USP cita a preocupação com os ataques contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as urnas eletrônicas. O documento foi subscrito por ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), juristas, artistas, banqueiros, empresários, entre outros. A inspiração para a carta de 2022 foi a ação de 1977 do jurista e professor de Direito Goffredo da Silva Telles Jr., em que “denunciava a ilegitimidade do governo militar e o estado de exceção e pedia a instauração de uma Assembleia Nacional Constituinte”, segundo informações divulgadas pela universidade. Para apoiar a carta da Faculdade de Direito da USP, é preciso acessar o site https://estadodedireitosempre.com.
Além dessas, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) prepara um manifesto chamado "Em Defesa da Democracia e da Justiça". O conteúdo também deve tratar da defesa da democracia e do sistema eleitoral, bem como se antecipar aos atos de 7 de Setembro. A carta da Fiesp será lançada em 11 de agosto. Até o momento, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e oito centrais sindicais estão entre as entidades que já manifestaram publicamente que aderiram à iniciativa da Fiesp.
Já o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, divulgou a sua própria carta em defesa da democracia na quinta-feira (28). Em uma publicação nas redes sociais, ele manifestou mais uma vez ser a favor do regime democrático.“CARTA DE MANIFESTO EM FAVOR DA DEMOCRACIA - "Por meio desta, manifesto que sou a favor da democracia." Assinado: Jair Messias Bolsonaro, Presidente da República Federativa do Brasil”, tweetou Bolsonaro. Até as 12h40 desta segunda, a postagem teve 114,6 mil curtidas, 29,7 mil retweets e 18,8 mil comentários no Twitter.
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