O candidato ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSB), afirmou nesta terça-feira (23) que pretende ampliar o trabalho de inteligência integrada das forças de segurança para reduzir os confrontos armados nas comunidades do Rio de Janeiro e explicou também sua mudança de opinião com relação à legalização das drogas, durante participação na sabatina com os candidatos ao governo, promovida pelo site g1.
Recentemente, Freixo declarou que não é mais favorável à legalização das drogas e tem sido criticado até mesmo por antigos aliados em razão da mudança de postura. Anos atrás o candidato chegou a pedir assinaturas em uma petição para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a votar a descriminalização do uso e porte de pequenas quantidades de drogas. Questionado sobre esse novo posicionamento, Freixo afirmou que não se trata de oportunismo para ganhar votos.
“Eu mudei de opinião a partir de escutar a sociedade. É um momento muito sério que a gente está vivendo. Primeiro que eu não posso concordar com nada que divida ainda mais a sociedade brasileira do jeito que está dividindo. Temos uma sociedade dividida ao meio. Qualquer assunto que nos remeta a dividir ainda mais a sociedade, eu não sou favorável nesse momento”, afirmou Freixo.
“Como governador eu posso fazer muita coisa. Posso ter uma polícia mais treinada, mais eficiente, reduzir a letalidade, reduzir homicídio. E tudo isso eu vou fazer. E posso ter tratamento de dependente químico ampliado junto à prefeitura”, disse. “Mudar de opinião é importante a partir de você ouvir a sociedade. Eu não acho que seja um defeito mudar de opinião. É necessário saber ouvir as pessoas”, declarou.
Apoio federal em ações de fiscalização
Ainda na área de segurança pública, Freixo garantiu que, caso eleito, pretende implantar novos programas na sua gestão política de combate ao tráfico de drogas nas comunidades do Rio de Janeiro.
“As operação precisam ser controladas e planejadas. Não podem ser banalizadas. Um sucesso de política pública de segurança não pode ser o número de pessoas mortas”, enfatizou, citando que planeja ter convênios com a Marinha, Polícia Rodoviária Federal e outras forças de segurança integradas para fiscalizar a entrada de armas e drogas nas comunidades.
“Um centro de inteligência permanente, uma integração das polícias com metas que vai gerar uma promoção aos policiais. É preciso modernizar a segurança pública para ela ser eficiente. É isso que está faltando no Rio de Janeiro”, disse o candidato ao governo.
Combate à fome e geração de empregos
Em seu programa de governo, Freixo afirma que logo no seu primeiro dia de governo, caso eleito, colocará em prática a oferta emergencial de refeições diárias em restaurantes populares.
“Isso já acontece em vários lugares do mundo. Acho que podemos fazer isso também no estado, em convênio com as prefeituras”, afirmou. Sobre a geração de empregos no Rio de Janeiro, Freixo afirmou que a média de desemprego no estado, que chega a 14%, é muito grave e disse que essa crise tem origem política.
“Vamos mudar o ambiente político, dar um recado para a sociedade e criar um escritório de novos projetos. Essa crise é de não saber usar o dinheiro do petróleo para reverter em outra forma de energia. O Rio precisa diversificar sua produção. O Rio precisa entrar no mercado de redução de crédito de carbono. Não pode ter um turismo tão acanhado”, disse Freixo.
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