Membros do MDB aplaudem discurso de Simone Tebet| Foto: Divulgação
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O MDB confirmou, nesta quarta-feira (27), o nome da senadora Simone Tebet (MS) como candidata do partido à Presidência da República. A decisão foi tomada por meio de convenção nacional do partido, com 262 votos a favor da candidatura e apenas nove votos contrários.

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Também em convenção realizada nesta quarta, PSDB e Cidadania ratificaram a decisão de fazer parte da coligação de Tebet. As duas agremiações formam uma federação partidária – ou seja, precisam caminhar juntos nas decisões políticas ao longo dos próximos anos.

Não foi definido nesta quarta o vice na chapa de Tebet. O nome será indicado pela federação Cidadania-PSDB. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) é cotado para a vaga, mas ele disse na terça-feira (26) que não decidiu se deseja a candidatura. Com a indefinição em torno de Tasso, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) passou a ser considerada como opção. A decisão deve ser anunciada nos próximos dias.

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Em discurso na parte inicial da convenção, Simone Tebet disse que sua candidatura representa uma tentativa de "pacificar o Brasil". "Só nós, só o centro democrático tem a legitimidade pra dizer que tem a capacidade de pacificar o Brasil", disse. A candidata reforçou também que as eleições municipais de 2020 confirmaram a condição do MDB como maior partido do Brasil e que a agremiação pode se tornar "gigante" com a candidatura ao Palácio do Planalto.

Tebet apareceu em quarto lugar em duas pesquisas recentes de intenção de voto, feitas pelos institutos PoderData e FSB. Em ambos os levantamentos ela está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT).

Convenção de Tebet foi precedida por disputa entre alas do MDB

A confirmação da candidatura ocorreu após uma batalha judicial entre uma ala do MDB que desejava o lançamento de Tebet e outra que preferia que o partido se mantivesse neutro na corrida ao Palácio do Planalto ou apoiasse o ex-presidente Lula (PT).

Os segmentos lulistas, liderados pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), chegaram a pedir no Judiciário o adiamento da convenção desta quarta. O prefeito de Cacimbinhas (AL), Hugo Wanderley Caju, aliado de Calheiros, entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alegando que o formato virtual da convenção não garantiria o direito ao sigilo dos votos dos convencionais. O pedido foi recusado pelo ministro Edson Fachin, do TSE, que entendeu não haver elementos que motivariam o adiamento ou suspensão da convenção.

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Mesmo com a confirmação da candidatura de Tebet, parte expressiva dos emedebistas prosseguirá com o apoio a Lula. O ex-presidente recebeu no último dia 18 um grupo de membros do MDB que indicou voto no nome do PT já no primeiro turno. Estiveram na reunião com Lula o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), e o da Câmara, Isnaldo Bulhões Junior (AL).

Metodologia das pesquisas citadas na reportagem

O Instituto FSB Pesquisa ouviu, por telefone, dois mil eleitores entre os dias 22 e 24 de julho de 2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi encomendada pelo banco BTG Pactual e está registrada no TSE com o protocolo BR-05938/2022.

O levantamento do PoderData, que contratou a própria pesquisa, ouviu 3 mil eleitores em 309 municípios das 27 unidades da federação entre os dias 17 e 19 de julho de 2022. As entrevistas foram feitas por telefone, para fixos e celulares. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. Foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-07122/2022.