O Partido Novo confirmou, em convenção realizada neste sábado (23), em Belo Horizonte, o nome do atual governador de Minas Gerais, Romeu Zema, para a disputa à reeleição no pleito deste ano. O nome do vice na chapa de Zema ainda não está definido.
O encontro foi realizado na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas, na capital mineira, e contou com a presença de lideranças do partido e de nomes que disputarão cargos de deputado federal e estadual pela sigla.
A convenção serviu ainda para oficializar uma aliança da legenda com o PP. O partido deve apoiar o deputado federal Marcelo Aro (PP) como candidato ao Senado.
A decisão foi criticada por João Amoêdo, um dos fundadores do Novo e candidato à presidência da República pelo partido nas eleições de 2018. "A coligação do Novo com o PP em MG, sinalizada antecipadamente pelo Zema, endossada pelo Novo em e-mail confuso enviado aos filiados nessa última semana e confirmada hoje, será um marco no processo de destruição do partido, na forma e nos objetivos com os quais ele foi concebido", escreveu Amoêdo em suas redes sociais.
"Essa aliança com o Progressistas, partido com maior número de investigados na Lava Jato, da base aliada do governo [Jair] Bolsonaro [PL] e apoiador da sua reeleição, em nada condiz com o discurso e o propósito da fundação do Novo de inovar na política, com coerência e visão de longo prazo", prosseguiu.
Depois da convenção do Novo, Zema esteve presente ainda em evento do Avante, que anunciou apoio à sua candidatura à reeleição em Minas Gerais.
Além de PP e Avante, já confirmaram adesão à campanha do atual governador MDB, Podemos, Patriota, Solidariedade e PMN.
Zema foi eleito governador em 2018 após vencer Antonio Anastasia (PSDB) no segundo turno, com 71,8% dos votos. Antes de entrar para a política, foi sócio-proprietário e presidente do conselho de administração do Grupo Zema, um dos maiores de varejo e postos de combustíveis de Minas Gerais.
Formado em administração de empresas, assumiu a gestão da companhia no início da década de 1990. Deixou o conselho da empresa em 2016.
Antes de ingressar no Novo, foi filiado ao PR (Partido da República, atual PL) por 18 anos, mas disse que nunca participou de atividades partidárias da sigla.
Seus quase quatro anos de governo foram marcados por desafios no ajuste das contas públicas do estado, que já vinha enfrentando uma crise financeira desde 2016, com atraso e parcelamento dos salários dos servidores públicos.
Originalmente, a reportagem informava que o estatuto do Novo proibia coligações com outros partidos. A assessoria do Novo informou que o estatuto nunca proibiu coligações com outras legendas.
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