O presidente Jair Bolsonaro (PL).| Foto: José Dias/PR.
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O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves negou na noite deste domingo (25) um recurso da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) para derrubar a decisão que proibiu o mandatário de fazer lives nos palácios do Alvorada e do Planalto. Mais cedo, Bolsonaro classificou a decisão como “estapafúrdia” e de “cunho eleitoral”.

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A equipe jurídica de Bolsonaro argumentou que o Palácio da Alvorada é a casa do chefe do Executivo e não se diferencia da residência dos outros candidatos. Os advogados também alegaram que as lives ocorrem na residência oficial por motivo de segurança e que "todos os cômodos da residência são alcançados pela inviolabilidade de domicílio e pela proteção à vida privada".

O ministro considerou que o presidente não teve sua privacidade violada. Segundo o magistrado, a decisão trata “do uso a destinação do bem público para a prática de ato de propaganda explícita, com pedido de votos para si e terceiros, veiculados por canais oficiais do candidato registrados no TSE”,

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"Por exemplo, jamais seria admissível que o governante, seja Presidente, Governador ou Prefeito, abrisse as portas de uma residência oficial para realizar comício dirigido a 30 ou 300 eleitores. Transportada a ideia para o mundo digitalizado, tampouco podem esses candidatos à reeleição usar o imóvel custeado pelo Erário para realizar live eleitoral que alcança mais de 300.000 eleitores e eleitoras", escreveu Gonçalves na decisão.

Sobre a segurança do presidente, o ministro afirmou que a preocupação é legítima e cabe à sua equipe e a Polícia Federal decidir por condições adequadas para lives.

"Por fim, quanto à legítima preocupação com a segurança do Presidente da República, é certo que caberá à sua equipe, com o respaldo da segurança da Polícia Federal, decidir pelas condições adequadas para que o candidato à reeleição realize suas lives, não havendo dúvidas de que tal ordem de cautela já vem sendo adotada ao longo de todos os atos praticados na campanha", afirmou Gonçalves.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]