Alguns dos principais nomes de oposição ao presidente Jair Bolsonaro na corrida eleitoral deste ano se manifestaram contra a decisão do mandatário de "perdoar" o deputado federal Daniel Silveira, condenado pelo STF a oito ano e nove meses de prisão.
Ciro Gomes (PDT) foi o mais contundente, e chegou a falar em "golpe", enquanto no PT a reação veio da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e não do pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva.
"Acostumado a agir em território de sombra entre o moral e o imoral, o legal e o ilegal, Bolsonaro acaba de transformar o instituto da graça constitucional em uma desgraça institucional. Tenta, assim, acelerar o passo na marcha do golpe. Mas não terá sucesso.", escreveu Ciro Gomes, que informou que nesta sexta-feira o PDT entrará com recurso no STF.
Sergio Moro, do União Brasil, foi menos agressivo: "O confronto entre o Presidente e o STF é preocupante. Quem perde é o país pela instabilidade. Mas não há como ignorar graves erros de parte a parte: seja em ameaças ao STF de um lado ou em julgados que abriram caminho para a impunidade da corrupção. A lei deve valer para todos".
Doria promete acabar com "saidinha de presos"
O presidenciável pelo PSDB João Doria criticou não só a medida de Bolsonaro mas o próprio instituto do indulto. "Eleito presidente, não haverá indulto a condenados pela justiça. Também vou acabar com a “saidinha de presos”. A sociedade não aguenta mais a impunidade", afirmou.
Pelo PT, a reação foi encabeçada pela deputada federal e presidente do partido, Gleisi Hoffmann. "Se Bolsonaro tivesse agido tão rapidamente para enfrentar a pandemia, a inflação e o desemprego, como foi para salvar a pele de seu cúmplice condenado por atentar contra a democracia, o Brasil e o povo não estariam sofrendo a maior crise da história". O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não se manifestou.
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