O general Hamilton Mourão (Republicanos-RS), vice-presidente da República e senador eleito pelo Rio Grande do Sul, afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), “ultrapassou o limite do poder”. Mourão disse que a futura legislatura do Senado poderá tratar da abertura de processo de impeachment, se houver forte indício de crime de responsabilidade.
Segundo ele, a questão não é o impeachment, mas sim o processo investigatório, o qual poderá “vingar” ou não. A posse no Congresso está marcada para 1º de fevereiro de 2023. As afirmações foram feitas em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
“ Ele [Moraes] ultrapassou o limite do poder dele, e competiria ao restante da Corte dar um freio nele, mas a Corte não está fazendo isso [...] O Senado vai ter que fazer isso agora. Já que a Corte... A Corte poderia dizer, ‘Alexandre, pode baixar tua bolinha aqui, está errado isso que você está fazendo, nós não vamos aprovar essas tuas medidas’ [...] É aquela história, não é questão de impeachment, se está comprovado, há indício forte de crime de responsabilidade, que se abra o processo. Se o processo vingar, ok, se não vingar ok, também”, disse Mourão ao Estadão.
Ele criticou o fato de Moraes investigar, denunciar, julgar e ser parte ofendida em processos que tramitam na Corte com relação às chamadas fake news.
O futuro senador também foi questionado se pretende concorrer à presidência da Casa Legislativa. Em resposta, disse que isso vai depender do apoio que tiver e se for convidado para essa composição. Ele ressaltou que um nome possível também é o da ex-ministra da Agricultura Teresa Cristina (PP-MS), senadora eleita pelo Mato Grosso do Sul.
Sobre a sua conduta no Senado, o vice-presidente deixou claro que fará “oposição ferrenha” caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito. Ele não deixou claro qual será a postura em caso de reeleição de Jair Bolsonaro (PL), mas disse que não será "oposição ao Brasil".
Ao tratar da eleição presidencial, Mourão disse que a disputa está acirrada e será decidida no dia do pleito.
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