Em transmissão ao vivo na noite desta quarta-feira (3), o empresário e coach Pablo Marçal afirmou que permanecerá na disputa pela presidência da República. No último domingo (31), Marçal teve sua candidatura oficializada pelo Pros, mas nesta quarta a direção executiva do partido declarou apoio a chapa Lula-Alckmin, o que automaticamente retiraria a candidatura do empresário. Para se tornar válida, a decisão do partido precisa ser oficializada na convenção nacional da legenda, a ser realizada nesta sexta-feira (5).
Em sua live, divulgada com o tema “A renúncia de Marçal”, ele chamou o impasse de “turbulência” e rechaçou eventual desistência da candidatura. “Vou falar sobre a minha renúncia. Eu renuncio a partir de agora meu tempo de qualidade com a minha família, os milhões de reais que estou deixando de faturar, porque não estou conectado a negócios desde o dia 28 de janeiro, quando eu comecei essa empreitada”.
O início da reviravolta na candidatura de Marçal ocorreu após a presidência do Pros ter trocado de mãos no último domingo (31). Eurípedes Júnior, que estava afastado da chefia do partido desde março, foi recolocado no posto em substituição a Marcus Holanda, por decisão do ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A mudança travou a candidatura do empresário, porque o lançamento de seu nome ao Palácio do Planalto foi uma decisão da administração de Holanda, não de Eurípedes. E a intenção do "novo" presidente do Pros seria aproximar o partido da candidatura de Lula.
“Eu não sei quem vai ser o líder do partido. No apagar das luzes de domingo o partido teve uma troca de comando numa decisão do STJ. Não vou julgar a decisão, mas ela é um pouco estranha para mim, e é o máximo que vou falar sobre isso. Mas assim como essa decisão chegou, vai chegar uma nova amanhã. Não sei o horário, mas ela vai chegar. E se ela não chegar vou abrir uma exceção na minha biografia”, disse o presidenciável, em alusão ao fato de, segundo ele, nunca ter movido ação judicial contra ninguém.
Marçal, que já protocolou sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, inclusive, apresentou seu plano de governo, avalia que a decisão da Executiva nacional do Pros vai contra o estatuto do partido, o que tornaria a mudança irregular. Em comunicado divulgado à imprensa na tarde desta quarta-feira, ele afirmou que para consolidar o apoio da legenda à chapa de Lula, seriam necessários dez dias de antecedência para a convocação de uma nova convenção, conforme estatuto do partido. Tal prazo seria inviável, uma vez que segundo o calendário da Justiça eleitoral, a data-limite para a realização de convenções pelos partidos, a fim de definir coligações e escolher candidatos, é esta sexta, dia 5.
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