Bolsonaro durante entrevista ao apresentador Ratinho na noite desta terça-feira (13).| Foto: Reprodução/YouTube SBT.
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O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, concedeu na noite desta terça-feira (13) uma entrevista ao apresentador Ratinho, no SBT. Durante cerca de 30 minutos, o presidente falou sobre a gestão da pandemia, as críticas sobre o tratamento dispensado por ele às mulheres e a manutenção do Auxílio Brasil.

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Durante a conversa, Ratinho pediu para Bolsonaro citar "um erro" do governo e Bolsonaro respondeu: "falar alguns palavrões de vez em quando e o pessoal leva para um lado completamente diferente, no resto tudo entendo que fizemos corretamente".

O mandatário disse que durante o seu governo enfrentou, além da pandemia da Covid-19, as consequências econômicas da guerra na Ucrânia e um grande período de seca no ano passado.

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"Atacamos [a pandemia] em duas frentes: o combate ao vírus, comprando vacina na hora certa, fomos um dos países que mais vacinou no mundo proporcionalmente, e também [enviamos] recursos para estados e municípios para que a economia não quebrasse", afirmou o chefe do Executivo.

Bolsonaro também citou que a implementação do auxílio emergencial “evitou o caos no Brasil”. O presidente também mencionou os programas destinados a micro e pequenos empresários, como o Pronampe. “A economia foi muito bem conduzida pela equipe de Paulo Guedes e atendemos a todos os setores. Não tivemos problema”, disse.

Sobre as redes sociais, o mandatário afirmou que “algumas pouquíssimas pessoas querem roubar nossa liberdade de expressão”. Perguntado se vai aceitar o resultado das eleições, caso não seja reeleito, Bolsonaro disse que com “eleições limpas, você não tem o que discutir”.

Mulheres

Bolsonaro afirmou que as críticas que recebe sobre o tratamento dispensado por ele às mulheres é uma “narrativa”. “Isso que eu não gosto de mulher é uma narrativa, nada mais além disso. E as mulheres não estão entrando nessa pilha da oposição, nessa pilha da esquerda”, afirmou.

Encontro com Putin

O presidente voltou a comentar sobre sua reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em fevereiro. “Fui porque sou o presidente do Brasil e o nosso homem do campo e mulher precisam de fertilizantes para que o agronegócio funcione e nós ainda somos dependentes de fertilizantes”, ressaltou.

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Segundo Bolsonaro, tudo o que foi acertado na reunião de sua parte e da parte de Putin foi cumprido. "Logicamente, eu não tenho como evitar guerra, mas eu não posso trazer a fome para dentro do Brasil por uma questão pessoal ou porque alguns querem criar barreiras comerciais contra o Putin”, disse.

O chefe do Executivo afirmou ainda que está negociando com Putin o fornecimento de diesel mais barato ao Brasil. “Daqui a dois meses, no máximo, começa a chegar diesel mais baixo”, sinalizou.

Preço dos alimentos

Questionado se o preço dos alimentos vai baixar no supermercado, Bolsonaro afirmou que vai baixar. O presidente citou iniciativas do governo como a concessão de títulos de propriedades para pessoas que entram na agricultura familiar.

“Só nesses oito meses do meu governo, agora desse ano, eu entreguei mais títulos [de propriedade] que os oito anos de governo Lula. E essas pessoas se transformam em cidadãos, não invadem mais a propriedade de ninguém, deixam de ser escravos do MST”, disse.

Auxílio Brasil

O presidente voltou a afirmar que o Auxílio Brasil será de R$ 600 no próximo ano, caso seja eleito. De acordo com Bolsonaro, o valor já foi “acertado com a equipe do Paulo Guedes” dentro da responsabilidade fiscal e do teto de gastos.

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Reforma tributária

Bolsonaro disse que a ideia de Guedes é “diminuir o alcance da reforma tributária, fazer por partes” para que o projeto tramite no Congresso Nacional. “Está caminhando [o projeto]. Temos certeza que temos a possibilidade de ter uma boa reforma, não como nós gostaríamos de tê-la, no corrente ano. E também buscar a diminuição da carga tributária , isso é muito importante”, disse.

Combate a milícias

Durante a entrevista, Ratinho citou a ação de milícias no Rio de Janeiro e perguntou a Bolsonaro sobre o papel do governo federal no combate a esses grupos. O presidente afirmou que as milícias são um problema “crônico” no Rio há muito tempo.

Ele ressaltou que o governo trabalha para evitar a entrada de “armas pesadas” no Rio, além de realizar operações em conjunto com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. O mandatário também defendeu a posse de armas de fogo, como determinado pelos decretos editados pelo governo.

Piso da enfermagem

Bolsonaro afirmou que espera que o Supremo aprove o pagamento do piso de enfermagem. O julgamento está ocorrendo no plenário virtual da Corte e atualmente tem 5 votos contra o pagamento e 3 a favor.

“Eu sancionei, o Congresso aprovou, o novo piso para os enfermeiros, lamentavelmente está suspenso por uma decisão monocrática do ministro [do STF, Luís Roberto] Barroso”, disse. “Espero que o Supremo não interfira mais uma vez em uma coisa que não é competência deles”, criticou.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]