Mastro da Bandeira Nacional na Praça dos Três Poderes, visto do Palácio do Planalto: saúde pública, educação e geração de emprego devem ser prioridades do presidente eleito, segundo pesquisa.| Foto: Guilherme Britto/Presidência da República
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Os brasileiros esperam que o presidente eleito dê prioridade a saúde, educação e geração de emprego nos próximos quatro anos. É o que indica um levantamento de opinião pública do Instituto FSB Pesquisa contratado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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Os entrevistados também apontaram em que áreas o Brasil mais melhorou ou piorou nos últimos quatro anos. Saúde, educação e emprego aparecem entre as mais citadas em ambas as listas, mas com amplo predomínio da avaliação negativa.

Quase metade dos entrevistados define a situação atual da economia brasileira como ruim ou péssima, mas 59% acreditam que ela vai melhorar um pouco ou muito nos próximos quatro anos. Em relação ao futuro do país como um todo, 45% se dizem otimistas ou muito otimistas, ante 42% pessimistas ou muito pessimistas.

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A Pesquisa Agenda de Prioridades da FSB/CNI entrevistou face a face 2.030 cidadãos com 16 anos ou mais entre os dias 16 e 21 de agosto, nas 27 unidades da federação. A amostra foi controlada a partir de cotas de sexo, idade, região e escolaridade. A margem de erro total é de 2 pontos porcentuais e o intervalo de confiança, de 95%.

Algumas perguntas permitiam mais de uma resposta, o que significa que nesses casos a soma dos porcentuais pode ultrapassar 100%. Nas questões de resposta única, a soma pode variar de 99% a 101% devido a arredondamento.

Quais devem ser as prioridades do presidente eleito para os próximos quatro anos

Questionados sobre quais devem ser as prioridades do presidente eleito em outubro, os entrevistados puderam citar duas áreas. As respostas foram espontâneas, isto é, não foi apresentada uma lista de opções.

  • Saúde pública: Citada por 43%
  • Educação pública: 34%
  • Gerar emprego: 21%
  • Combate à pobreza/desigualdade social: 12%
  • Controle da inflação: 9%
  • Segurança pública: 9%
  • Melhorar a situação da economia: 6%
  • Combate à corrupção: 4%
  • Redução dos impostos: 3%
  • Habitação/moradia: 2%
  • Ampliar os programas sociais: 2%
  • Outros: 9%
  • Não sabe/não respondeu: 11%

Questionados sobre quais devem as prioridades na saúde, os entrevistados citaram espontaneamente até duas ações. As mais mencionadas foram:

  • Contratar mais médicos e enfermeiros: 31%
  • Construir mais hospitais e postos de saúde: 21%
  • Melhoras as condições dos hospitais e postos de saúde: 20%
  • Qualificar melhor médicos e enfermeiros: 19%
  • Reduzir filas/espera por consultas e atendimentos: 13%
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Na área da educação, as ações prioritárias mais citadas foram:

  • Melhorar a capacitação dos professores: 26%
  • Aumentar o salário dos professores: 23%
  • Melhorar as condições das escolas: 17%
  • Construir mais escolas/creches: 13%
  • Contratar mais professores: 10%
  • Priorizar cursos técnicos/profissionalizantes: 10%

Houve ainda uma pergunta estimulada referente à educação, sobre qual estágio do ensino deve receber mais atenção. Cada entrevistado pôde dar uma resposta:

  • Alfabetização: 36%
  • Ensino técnico/profissionalizante: 20%
  • Ensino fundamental: 13%
  • Ensino médio: 10%
  • Ensino superior: 10%
  • Especialização/pós-graduação: 9%
  • Não sabe/não respondeu: 3%

Em outra questão estimulada, os entrevistados puderam indicar duas prioridades para estimular o emprego. Desoneração dos tributos sobre os salários e capacitação de trabalhadores foram as ações mais escolhidas.

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  • Baixar impostos sobre a folha de pagamento: 39%
  • Fortalecer programas de capacitação profissional: 38%
  • Liberar crédito para empresas para investir e/ou expandir a capacidade produtiva: 33%
  • Realizar novos aperfeiçoamentos na legislação trabalhista: 22%
  • Realizar a reforma tributária: 15%
  • Permitir a redução da jornada de trabalho e de salário: 11%
  • Outros: 2%
  • Não sabe/não respondeu: 6%

As seguintes ações foram listadas como prioridades para a economia brasileira nos próximos dois anos. A pergunta era estimulada e os entrevistados puderam escolher dois itens.

A geração de empregos, apontada na pesquisa como uma das principais ações gerais esperadas do próximo do governo, lidera com folga as iniciativas específicas que a população deseja para a economia:

  • Gerar empregos: 44%
  • Reduzir os impostos: 26%
  • Reduzir a desigualdade social/pobreza: 26%
  • Combater a inflação: 24%
  • Controlar os gastos públicos: 14%
  • Reduzir as taxas de juros: 13%
  • Valorizar o real na comparação com o dólar: 9%
  • Simplificar os impostos: 7%
  • Reduzir a dívida pública: 6%
  • Reduzir as desigualdades regionais: 5%
  • Ampliar acesso ao crédito: 4%
  • Outros: 1%
  • Não sabe/não respondeu: 2%

Quais as áreas que mais melhoraram nos últimos quatro anos

Os entrevistados foram questionados sobre em quais áreas o país mais melhorou nos últimos quatro anos. Cada um pôde citar duas áreas em resposta espontânea, sem ser apresentado a uma lista de opções:

  • Nenhuma área: 42%
  • Educação: 7%
  • Saúde: 7%
  • Geração de emprego: 6%
  • Programas sociais: 6%
  • Infraestrutura/Obras: 5%
  • Segurança: 4%
  • Combate à corrupção: 4%
  • Economia: 3%
  • Estímulo aos negócios: 2%
  • Outros: 6%
  • Todas as áreas: 1%
  • Não sabe/não respondeu: 16%
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Quais as áreas que mais pioraram nos últimos quatro anos

A pesquisa também perguntou que áreas mais pioraram nos últimos quatro anos. A resposta foi espontânea e cada entrevistado pode citar duas áreas.

  • Saúde: 32%
  • Geração de emprego: 16%
  • Controle da inflação: 16%
  • Educação: 15%
  • Segurança: 12%
  • Redução da pobreza: 6%
  • Economia: 5%
  • Combate às drogas: 2%
  • Combate à corrupção: 2%
  • Proteção ao meio ambiente: 2%
  • Outros: 6%
  • Todas as áreas: 5%
  • Nenhuma área: 4%
  • Não sabe/não respondeu: 8%

Como os entrevistados avaliam a situação econômica e as perspectivas de futuro

Questionados sobre as expectativas para o futuro do país, 45% dos entrevistados se disseram otimistas ou muito otimistas, e 42% se definiram como pessimistas ou muito pessimistas:

  • Muito otimista: 5%
  • Otimista: 40%
  • Nem otimista, nem pessimista: 9%
  • Pessimista: 31%
  • Muito pessimista: 11%
  • Não sabe/não respondeu: 5%

Em relação à situação atual da economia brasileira, a avaliação foi a seguinte:

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  • Ótima: 4%
  • Boa: 11%
  • Regular: 34%
  • Ruim: 19%
  • Péssima: 30%
  • Não sabe/não respondeu: 2%

Perguntados sobre o que acreditam que ocorrerá com a economia nos próximos quatro anos, os entrevistaram deram as seguintes respostas:

  • Melhorar muito: 18%
  • Melhorar um pouco: 41%
  • Vai ficar igual: 17%
  • Piorar um pouco: 9%
  • Piorar muito: 8%
  • Não sabe/não respondeu: 7%

Metodologia da pesquisa e perfil da amostra

O Instituto FSB Pesquisa ouviu 2.030 pessoas com 16 anos ou mais entre 16 e 21 de agosto de 2022, em todos os estados. A margem de erro total é de 2 pontos porcentuais e o intervalo de confiança, de 95%. A pesquisa foi encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O perfil da amostra é o seguinte:

  • Sexo – Feminino: 52%; masculino: 48%.
  • Idade – 16 a 24 anos: 18%; 25 a 40 anos: 32%; 41 a 59 anos: 31%; 60 anos ou mais: 19%.
  • Escolaridade – Analfabeto/sabe ler e escrever: 5%; ensino fundamental: 33%; ensino médio: 40%; ensino superior: 22%.
  • Renda familiar – Até 1 salário mínimo: 26%; de 1 a 2 salários mínimos: 19%; de 2 a 5 salários mínimos: 37%; mais de 5 salários mínimos: 18%;
  • População economicamente ativa – PEA: 64%; não PEA: 36%.
  • Região – Norte/Centro-Oeste: 16%; Nordeste: 27%; Sudeste: 43%; Sul: 15%.
  • Condição de município – Capital: 28%; região metropolitana (exceto capital): 14%; interior: 58%.
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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]