Levantamento Genial/Quaest sobre o segundo turno da corrida presidencial, divulgado neste sábado (29), mostrou o candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, com 46% das intenções de voto. O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, estava com 43%.
Em intenções de votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos), Lula teria 52% e Bolsonaro, 48%. A margem de erro geral da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
A Quaest também passou a divulgar os resultados de votos válidos levando em consideração apenas os entrevistados "com maior probabilidade de votar". Neste cenário, Lula teria 51,4% de e Bolsonaro, 48,6%.
Segundo a empresa, o modelo de "likely voters", visa "minimizar efeitos que a abstenção não-aleatória entre os subgrupos do eleitorado tem causado na capacidade dos institutos de estimarem votos nas urnas". O relatório da Quaest, porém, não informa de que maneira a empresa determinou quais são os entrevistados com mais chances de votar e nem se a margem de erro permanece a mesma neste modelo. Em publicação no Twitter o CEO da Quaest, Felipe Nunes, disse que "o modelo de eleitor provável pondera o resultado pelas chances de cada indivíduo ir votar, levando em conta dados como o interesse pela eleição e o comportamento anterior do eleitor".
Nota da redação: No primeiro turno, a Genial/Quaest apresentou divergência importante entre a pesquisa e o resultado apurado nas urnas. Em pesquisa divulgada no dia 1º, véspera das eleições, o instituto mostrava que Lula tinha 49% das intenções de votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos), e que Bolsonaro tinha 38%. A margem de erro era de dois pontos percentuais. O resultado apurado nas urnas revelou um cenário diferente para o candidato Bolsonaro, que fez 43,2% dos votos válidos no domingo (2) - distante da margem de erro alegada. Lula obteve 48,43%. A maioria dos institutos não conseguiu retratar o comportamento do eleitor no primeiro turno, principalmente daqueles que votaram em candidatos de direita. Leia mais aqui.
Intenção de voto para a Presidência da República (estimulada: votos totais)
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 46%
- Jair Bolsonaro (PL) - 43%
- Nulo/branco/nenhum - 6%
- Não sabe/não respondeu - 5%
Intenção de voto para a Presidência da República (estimulada: votos válidos)
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 52%
- Jair Bolsonaro (PL) - 48%
Intenção de voto para a Presidência da República (estimulada: "likely voters")
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 51,4%
- Jair Bolsonaro (PL) - 48,6%
Intenção de voto para a Presidência da República (espontânea)
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 45%
- Jair Bolsonaro (PL) - 42%
- Nulo/branco/nenhum - 8%
- Não sabe/não respondeu - 5%
Metodologia da pesquisa
A pesquisa encomendada pelo Banco Genial à Quaest Pesquisas entrevistou 2.000 eleitores do país, entre os dias 28 e 29 de outubro de 2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O levantamento está registrado na Justiça Eleitoral com o protocolo BR-05765/2022.
Para a pesquisa divulgada em 1º de outubro foram ouvidos 3,6 mil eleitores presencialmente entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro de 2022 em todas as regiões do país. A margem de erro estimada era de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-02444/2022.
Por que a Gazeta publica pesquisas eleitorais
A Gazeta do Povo publica há anos todas as pesquisas de intenção de voto realizadas pelos principais institutos de opinião pública do país. Você pode conferir os levantamentos mais recentes neste link.
As pesquisas de intenção de voto fazem uma leitura de momento, com base em amostras representativas da população. Métodos de entrevistas, a composição e o número da amostra e até mesmo a forma como uma pergunta é feita são fatores que podem influenciar o resultado. Por isso é importante ficar atento às informações de metodologias, encontradas no fim das matérias da Gazeta do Povo sobre pesquisas eleitorais.
Também é importante ressaltar que as pesquisas publicadas antes do primeiro turno das eleições de 2022 apontaram discrepâncias relevantes em relação ao resultado apresentado na urna, no primeiro turno.
Feitos esses apontamentos, a Gazeta considera que as pesquisas eleitorais, longe de serem uma previsão do resultado das eleições, são uma ferramenta de informação à disposição do leitor, já que os resultados divulgados têm potencial de influenciar decisões de partidos, de lideranças políticas e até mesmo os humores do mercado financeiro.
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