Levantamento Genial/Quaest sobre a corrida presidencial, divulgado nesta quinta-feira (6), mostrou o candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, com 48% das intenções de voto no segundo turno. O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, tinha 41%. O total de indecisos, brancos e nulos corresponde a 11%. Na contagem dos votos válidos, Lula teria 54% contra 46% de Bolsonaro, diz a pesquisa.
Nota da redação: No primeiro turno, a Genial/Quaest apresentou divergência importante entre a pesquisa e o resultado apurado nas urnas. Em pesquisa divulgada no dia 1º de outubro, véspera das eleições, o instituto mostrava que Lula tinha 49% das intenções de votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos), e que Bolsonaro tinha 38%. A margem de erro era de dois pontos percentuais. O resultado apurado nas urnas revelou um cenário diferente para o candidato Bolsonaro, que fez 43,3% dos votos válidos no domingo (2) – distante da margem de erro alegada. Lula obteve 48,43%. A maioria dos institutos não conseguiu retratar o comportamento do eleitor no primeiro turno, principalmente daqueles que votaram em candidatos de direita. Leia mais aqui.
Dos eleitores que votaram em Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno, 39% afirmaram que pretendem votar em Lula, enquanto 26% pretendem votar em Bolsonaro. Já entre os eleitores de Simone Tebet, 25% declararam voto em Lula, contra 34% que irão votar no atual presidente. Entre os eleitores que optaram pelos demais candidatos no primeiro turno, a maioria (55%) pretende votar em Bolsonaro, contra 19% que declararam voto em Lula.
Intenção de voto para a Presidência da República (estimulada)
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 48%
- Jair Bolsonaro (PL) - 41%
- Nulo/branco/nenhum - 4%
- Não sabe/não respondeu - 7%
Intenção de voto para a Presidência da República (votos válidos)
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 54%
- Jair Bolsonaro (PL) - 46%
Potencial de voto (votaria com certeza + poderia votar)
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 56%
- Jair Bolsonaro (PL) - 47%
Rejeição (não votaria de jeito nenhum)
- Jair Bolsonaro (PL) - 50%
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 41%
Avaliação do governo Bolsonaro
A pesquisa também perguntou aos entrevistados neste levantamento como avaliavam o governo de Jair Bolsonaro: 35% disseram ser positivo; 25% afirmaram considerá-lo regular; e 38% responderam que consideram a gestão do presidente negativa.
Metodologia da pesquisa
A pesquisa encomendada pelo Banco Genial à Quaest Pesquisas entrevistou 2.000 eleitores do país, entre os dias 3 e 5 de outubro de 2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O levantamento está registrado na Justiça Eleitoral com o protocolo BR-07940/2022.
Já na pesquisa anterior, divulgada em 1º de outubro, foram ouvidos 3,6 mil eleitores presencialmente entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro de 2022 em todas as regiões do país. A margem de erro estimada é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-02444/2022.
Por que a Gazeta publica pesquisas eleitorais
A Gazeta do Povo publica há anos todas as pesquisas de intenção de voto realizadas pelos principais institutos de opinião pública do país. Você pode conferir os levantamentos mais recentes neste link.
As pesquisas de intenção de voto fazem uma leitura de momento, com base em amostras representativas da população. Métodos de entrevistas, a composição e o número da amostra e até mesmo a forma como uma pergunta é feita são fatores que podem influenciar o resultado. Por isso é importante ficar atento às informações de metodologias, encontradas no fim das matérias da Gazeta do Povo sobre pesquisas eleitorais.
Também é importante ressaltar que as pesquisas publicadas antes do primeiro turno das eleições de 2022 apontaram discrepâncias relevantes em relação ao resultado apresentado nas urnas, no primeiro turno.
Feitos esses apontamentos, a Gazeta considera que as pesquisas eleitorais, longe de serem uma previsão do resultado das eleições, são uma ferramenta de informação à disposição do leitor, já que os resultados divulgados têm potencial de influenciar decisões de partidos, de lideranças políticas e até mesmo os humores do mercado financeiro.
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