Ipec: Lula perde preferência entre evangélicos, mas mantém vantagem entre católicos

A pesquisa do Ipec contratada pela TV Globo e divulgada nesta segunda-feira (29) mostrou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em primeiro lugar nas intenções de voto, com 44%, enquanto Jair Bolsonaro (PL) aparece em segundo, com 32%. Ao avaliar as intenções de voto por religião, o ex-presidente tem melhor performance entre católicos, somando 51% contra 27% de Bolsonaro. Os dois candidatos aumentaram um ponto percentual nesse segmento da população frente à edição anterior da pesquisa Ipec, divulgada no dia 15 de agosto.

Por outro lado, entre os evangélicos é Bolsonaro quem tem maior preferência – 48% contra 26% de Lula. Nesse público, entretanto, o petista perdeu três pontos percentuais na comparação com o levantamento anterior, enquanto o atual presidente da República ganhou um ponto de vantagem.

Já entre aqueles que não possuem religião ou pertencem a outras religiões que não a evangélica ou católica, Lula tem 50% das intenções de voto contra 27% de Bolsonaro.

Disputa pelo eleitorado cristão

Lula e Bolsonaro travam uma batalha pela conquista dos votos de eleitores cristãos. No último dia 20, o candidato petista criticou o apoio de lideranças evangélicas ao presidente da República e disse que não disputaria “voto religioso”. Porém um dia depois sua campanha divulgou uma série de perfis nas redes sociais e sites criados para angariar votos de evangélicos. Já Bolsonaro tem intensificado a presença em celebrações religiosas, tanto missas quanto cultos.

Metodologia da pesquisa

O Ipec entrevistou 2 mil eleitores em 128 municípios entre os dias 26 e 28 de agosto de 2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e está registrada no TSE com o protocolo BR-01979/2022.

Por que a Gazeta do Povo publica pesquisas eleitorais

A Gazeta do Povo publica há anos todas as pesquisas de intenção de voto realizadas pelos principais institutos de opinião pública do país. Você pode conferir os levantamentos mais recentes neste link, além de reportagens sobre o tema.

As pesquisas de intenção de voto fazem uma leitura de momento, com base em amostras representativas da população. Métodos de entrevistas, a composição e o número da amostra e até mesmo a forma como uma pergunta é feita são fatores que podem influenciar o resultado. Por isso é importante ficar atento às informações de metodologias, encontradas no fim das matérias da Gazeta do Povo sobre pesquisas eleitorais.

Feitos esses apontamentos, a Gazeta considera que as pesquisas eleitorais, longe de serem uma previsão do resultado das eleições, são uma ferramenta de informação à disposição do leitor, já que os resultados divulgados têm potencial de influenciar decisões de partidos, de lideranças políticas e até mesmo os humores do mercado financeiro.