A Folha de S. Paulo deve publicar nesta quinta-feira (23) os resultados de uma nova rodada de pesquisa eleitoral. O levantamento já está sendo comentado na imprensa e nas redes sociais com a expectativa de que possa mostrar eventuais efeitos da prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro sobre as intenções de voto do presidente Jair Bolsonaro (PL) – mesmo que as entrevistas tenham iniciado cinco dias antes do fato, segundo consta no registro da pesquisa na justiça eleitoral. Na manhã desta quinta, antes da divulgação dos números, o Datafolha era um dos assuntos mais comentados do Twitter.
No levantamento a ser publicado, o instituto deve fazer 17 perguntas aos eleitores entrevistados, além dos questionamentos sobre a disputa presidencial e sobre o perfil do entrevistado. Os temas variam desde a aprovação de Bolsonaro e partido de preferência até a atuação do governo brasileiro na investigação da morte do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira.
Além da avaliação com opções de bom/ótimo/regular/ruim/péssimo, o Datafolha pergunta ao eleitor se ele confia nas declarações do presidente, se a inflação vai aumentar, diminuir ou ficar como está, se a situação econômica do país melhorou ou piorou. Também foram incluídas perguntas sobre as ações do governo Bolsonaro (incentiva ou combate) em relação a caçadores e pescadores ilegais na Amazônia, à invasão de terras indígenas, desmatamento e garimpo ilegais na Amazônia, e o quão prejudicial a morte de Dom e Bruno pode ser para a imagem do Brasil no exterior e para as ações do governo na Amazônia e de organizações de proteção ao meio ambiente e aos povos indígenas na região.
Perguntas sobre o ex-ministro da Educação não foram incluídas neste questionário, já que o registro da pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi feito em 17 de junho, cinco dias antes da prisão de Ribeiro.
Na pesquisa estimulada para presidente, o Datafolha apresenta um cartão com os nomes dispostos em círculo dos seguintes pré-candidatos: André Janones (Avante), Ciro Gomes (PDT), Eymael (DC), Felipe d’Avila (Novo), General Santos Cruz (Podemos), Jair Bolsonaro (PL), Leonardo Péricles (UP), Luciano Bivar (União), Lula (PT), Pablo Marçal (Pros), Simone Tebet (MDB), Sofia Manzano (PCB) e Vera Lúcia (PSTU). Os partidos não são citados. A pesquisa também sonda o potencial de voto dos pré-candidatos, rejeição e cenários de segundo turno entre Lula e Bolsonaro, Lula e Ciro e Bolsonaro e Ciro.
Conforme exige a legislação eleitoral, o questionário está publicado no site do TSE e é aberto ao público. Para conferi-lo na íntegra, basta acessar o site do tribunal com o protocolo da pesquisa (BR-09088/2022), ou baixar aqui.
A amostra prevista é de 2.556 eleitores. Os dados utilizados para definição e seleção da amostra são baseados nos dados fornecidos pelo TSE (de junho de 2022), IBGE (PNAD 2019 e Estimativa 2021) e dados primários de outros levantamentos do instituto. As entrevistas estão sendo feitas em pontos de fluxo em 181 municípios. A relação completa de cidades e bairros pesquisados será encaminhada ao TSE um dia após a divulgação da pesquisa.
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