O instituto Paraná Pesquisas publicou nesta quarta-feira (2) uma nova pesquisa eleitoral para a disputa presidencial de 2022 (veja metodologia e registro abaixo). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparecia em primeiro, com 40,1% das intenções de voto, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 29,1%.
Em terceiro lugar estava Sergio Moro (Podemos). O ex-juiz e ex-ministro da Justiça tinha 10,1% das intenções de voto nos dias em que a pesquisa foi realizada. Depois apareciam Ciro Gomes (PDT - 5,6%), o governador paulista João Doria (PSDB - 2,4%), o deputado federal André Janones (Avante - 1,1%), a senadora Simone Tebet (MDB - 0,8%), e os senadores Rodrigo Pacheco (PSD - 0,4%) e Alessandro Vieira (Cidadania - 0,1%).
No questionário espontâneo, quando o entrevistador não lê nenhum nome de pré-candidato a presidente para o eleitor entrevistado, Lula e Bolsonaro foram os mais citados (veja os números abaixo).
O instituto também quis saber se uma aliança entre Lula e o ex-tucano Geraldo Alckmin poderia impactar no voto do eleitor: 13,7% afirmaram que diminuiria sua vontade de votar em Lula e 10,6% disseram que aumentaria, mas a grande maioria (70,8%) disse que a presença de Alckmin na chapa petista não alteraria a vontade de votar no ex-presidente.
Confira a seguir os números da pesquisa:
Primeiro turno
Estimulada - Cenário 1
- Lula (PT) - 40,1%
- Jair Bolsonaro (PL) - 29,1%
- Sergio Moro (Podemos) - 10,1%
- Ciro Gomes (PDT) - 5,6%
- João Doria (PSDB) - 2,4%
- André Janones (Avante) - 1,1%
- Simone Tebet (MDB) - 0,8%
- Rodrigo Pacheco (PSD) - 0,4%
- Alessandro Vieira (Cidadania) - 0,1%
- Branco/nulo - 7,3%
- Não sabe - 3%
Estimulada - Cenário 2
- Lula (PT) - 41%
- Jair Bolsonaro (PL) - 29,6%
- Sergio Moro (Podemos) - 10,6%
- Ciro Gomes (PDT) - 5,8%
- João Doria (PSDB) - 2,5
- Branco/nulo - 7,5%
- Não sabe - 3%
Espontânea
- Lula (PT) - 26%
- Jair Bolsonaro (PL) - 21,7%
- Sergio Moro (Podemos) - 2,7%
- Ciro Gomes (PDT) - 1,8%
- João Doria (PSDB) - 0,3%
- Outros nomes citados - 0,4%
Segundo turno
Lula x Bolsonaro
- Lula (PT) - 48,8%
- Jair Bolsonaro (PL) - 34,4%
- Branco/nulo - 13,5%
- Não sabe - 3,4%
Lula x Moro
- Lula (PT) - 47,1%
- Sergio Moro (Podemos) - 29%
- Branco/nulo - 20,2%
- Não sabe - 3,7%
Bolsonaro x Moro
- Jair Bolsonaro (PL) - 35,6%
- Sergio Moro (Podemos) - 32,2%
- Branco/nulo - 28,9%
- Não sabe - 3,3%
Potencial eleitoral
O Paraná Pesquisas também perguntou aos eleitores em quem eles votariam com certeza e em qual candidato não votariam. Lula é quem tem o maior potencial eleitoral, segundo o levantamento: 30,8% votariam no ex-presidente. Já o pré-candidato tucano João Doria tem a maior rejeição, com 64,3% dos entrevistados dizendo que não votariam nele de jeito nenhum. Confira o resultado completo abaixo:
Metodologia
O levantamento realizado pelo instituto Paraná Pesquisas foi encomendado pela corretora de investimentos Bgc Liquidez, pelo valor de R$ 126 mil, e está sob o registro BR-09055/2022 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foram feitas entrevistas face a face com 2.020 eleitores entre os dias 27 de janeiro e 1º de fevereiro de 2022. O nível de confiança da pesquisa é de 95% para uma margem de erro estimada de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A metodologia completa das pesquisas eleitorais e os questionários aplicados podem ser consultados no site do TSE, neste link.
Por que a Gazeta do Povo publica pesquisas eleitorais
A Gazeta do Povo publica há anos todas as pesquisas de intenção de voto realizadas pelos principais institutos de opinião pública do país. Você pode conferir os levantamentos mais recentes neste link, além de reportagens sobre o tema.
As pesquisas de intenção de voto fazem uma leitura de momento, com base em amostras representativas da população. Métodos de entrevistas, a composição e o número da amostra e até mesmo a forma como uma pergunta é feita são fatores que podem influenciar o resultado. Por isso é importante ficar atento às informações de metodologias, encontradas no fim das matérias da Gazeta do Povo sobre pesquisas eleitorais.
Feitas essas considerações, a Gazeta considera que as pesquisas eleitorais, longe de serem uma previsão do resultado das eleições, são uma ferramenta de informação à disposição do leitor, já que os resultados divulgados têm potencial de influenciar decisões de partidos, de lideranças políticas e até mesmo os humores do mercado financeiro.
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