Quaest/Genial: Lula tem 45% e Bolsonaro, 23% das intenções de voto; Moro e Ciro têm 7%

Nova pesquisa eleitoral da Quaest para presidente, publicada nesta quarta-feira (9), mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com 45% das intenções de voto. O presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece com 23%, o que mostra uma vantagem do petista sobre o segundo colocado de 22 pontos percentuais (máxima de 26 e mínima de 18, considerando a margem de erro da pesquisa de dois pontos, para mais ou para menos).

Empatados em terceiro estão o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT), com 7% da preferência dos eleitores entrevistados neste levantamento. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o deputado federal André Janones (Avante) aparecem com 2%. Estão tecnicamente empatados com a senadora Simone Tebet (MDB), que marcou 1% da preferência do eleitorado consultado. Os números variam dentro da margem de erro em cenários com menos candidatos na disputa do primeiro turno para presidente (veja abaixo).

Já na pesquisa espontânea, quando opções de candidatos não são apresentadas ao entrevistado, 48% disseram que estão indecisos em relação ao voto para presidente; 28% citaram Lula e 16%, Bolsonaro. Cenários para o segundo turno também foram consultados. De acordo com o levantamento, o petista venceria contra Bolsonaro, Moro, Ciro, Doria e Janones (veja os números abaixo).

O instituto também perguntou aos eleitores quem eles preferem que vença as eleições em 2022. Lula tinha a preferência de 45% e Bolsonaro, 24%. Aqueles que não gostariam que nem Lula e nem Bolsonaro vencessem a corrida presidencial somavam 25% dos entrevistados.

O potencial de voto e o conhecimento dos pré-candidatos também foram medidos. O presidente Jair Bolsonaro aparece com a maior rejeição (66%), seguido por Moro (62%), Doria (61%) e Ciro Gomes (54%). Aqueles que conhecem e não votariam no Lula somavam 43%. Os candidatos mais desconhecidos dos eleitores são a senadora Simone Tebet (76% dos entrevistados não a conheciam), o cientista político Filipe d’Ávila (Novo, 74%), o deputado federal André Janones (Avante, 72%) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD, 58%).

Intenção de voto para presidente no primeiro turno - pesquisa estimulada

Na pesquisa estimulada, o entrevistador apresenta as opções de candidatos ao eleitor entrevistado. No caso deste levantamento da Quaest, realizado presencialmente, os nomes foram apresentados aos entrevistados em ordem aleatória automática.

Cenário 1

• Lula (PT) - 45%
• Jair Bolsonaro (PL) - 23%
• Sergio Moro (Podemos) - 7%
• Ciro Gomes (PDT) - 7%
• João Doria (PSDB) - 2%
• André Janones (Avante) - 2%
• Simone Tebet (MDB) - 1%
• Rodrigo Pacheco (PSD) - 0%
• Felipe d’Ávila (Novo) - 0%
• Branco/nulo -8 %
• Indecisos - 5%

Cenário 2

• Lula (PT) - 45%
• Jair Bolsonaro (PL) - 24%
• Sergio Moro (Podemos) - 9%
• Ciro Gomes (PDT) - 8%
• João Doria (PSDB) - 3%
• Branco/nulo - 8 %
• Indecisos - 4%

Cenário 3

• Lula (PT) - 45%
• Jair Bolsonaro (PL) - 24%
• Sergio Moro (Podemos) - 9%
• Ciro Gomes (PDT) - 8%
• André Janones (Avante) - 2%
• Branco/nulo - 8 %
• Indecisos - 4%

Cenário 4

• Lula (PT) - 47%
• Jair Bolsonaro (PL) - 26%
• Ciro Gomes (PDT) - 9%
• André Janones (Avante) - 3%
• Branco/nulo - 10 %
• Indecisos - 4%

Intenção de voto para presidente no segundo turno - pesquisa estimulada

Lula x Bolsonaro

• Lula (PT) - 54%
• Jair Bolsonaro (PL) - 30%
• Branco/nulo - 13%
• Não sabe - 3%

Lula x Moro

• Lula (PT) - 52%
• Sergio Moro (Podemos) - 28%
• Branco/nulo - 17%
• Não sabe - 3%

Lula x Ciro

• Lula (PT) - 51%
• Ciro Gomes (PDT) - 24%
• Branco/nulo - 22%
• Não sabe - 4%

Lula x Doria

• Lula (PT) - 55%
• João Doria (PSDB) - 16%
• Branco/nulo - 26%
• Não sabe - 3%

Lula x Janones

• Lula (PT) - 56%
• André Janones (Avante) - 14%
• Branco/nulo - 25%
• Não sabe - 4%

Intenção de voto por região, renda e preocupação

De acordo com o levantamento da Quaest, a intenção de voto para Lula era maior entre os eleitores do nordeste (61% votariam nele) e com renda de até dois salários mínimos (55%). E é entre esse eleitorado que o presidente apresentou pior desempenho: 13% e 16% de intenção de votos, respectivamente. Bolsonaro se saiu melhor com os eleitores entrevistados que têm renda superior a cinco salários mínimos (31%, mesmo número de Lula) e que moram no Centro-oeste (31%; Lula tinha 32% nesta região).

O petista também tem a preferência de eleitores que consideram questões sociais, desemprego, economia e saúde os principais problemas do país. Bolsonaro tem maior intenção de voto do que os demais candidatos entre os eleitores que têm como principal preocupação a corrupção (39%, contra 27% de Lula).

Metodologia da pesquisa

O instituto Quaest entrevistou presencialmente 2.000 eleitores brasileiros entre os dias 3 e 6 de fevereiro de 2022. O nível de confiança estimado da pesquisa é de 95% e a margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos em relação aos totais da amostra. O levantamento foi contratado pelo Banco Genial e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o protocolo BR-08857/2022. O registro pode ser encontrado neste link e a pesquisa completa está disponível aqui.

Por que a Gazeta do Povo publica pesquisas eleitorais

A Gazeta do Povo publica há anos todas as pesquisas de intenção de voto realizadas pelos principais institutos de opinião pública do país. Você pode conferir os levantamentos mais recentes neste link, além de reportagens sobre o tema.

As pesquisas de intenção de voto fazem uma leitura de momento, com base em amostras representativas da população. Métodos de entrevistas, a composição e o número da amostra e até mesmo a forma como uma pergunta é feita são fatores que podem influenciar o resultado. Por isso é importante ficar atento às informações de metodologias, encontradas no fim das matérias da Gazeta do Povo sobre pesquisas eleitorais.

Feitas essas considerações, a Gazeta considera que as pesquisas eleitorais, longe de serem uma previsão do resultado das eleições, são uma ferramenta de informação à disposição do leitor, já que os resultados divulgados têm potencial de influenciar decisões de partidos, de lideranças políticas e até mesmo os humores do mercado financeiro.