A campanha de Roberto Requião (PT) ao governo do Paraná espera que o comício realizado no último sábado (17) em Curitiba, onde o candidato dividiu o palanque com Lula (PT), se reverta em votos para os petistas nas últimas semanas antes do primeiro turno das eleições 2022. Na avaliação dos coordenadores petistas, o ato “foi a maior mobilização da campanha, uma demonstração de força que deve influir no voto dos paranaenses que não deve ser superado por nenhum dos adversários”.
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A proximidade entre os dois, reforçada durante toda a campanha, ganhou mais um capítulo após o comício. Requião anunciou ter feito um acordo com Lula para viabilizar o que chamou de pedágio de manutenção no Paraná. Segundo o modelo proposto pelo petista, o governo do Estado seria responsável por manter ambulâncias e equipes de resgate ligadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), serviços de sinalização, reboque e conservação das rodovias.
“Conversei com Lula e fiz um acordo com ele. Vamos fazer um pedágio de manutenção, cobrando uma pequena fração do que custava a tarifa. Vamos tirar as concessionárias, que cobram absurdos para aumentar seus lucros e não fazem coisa alguma. Quero acabar com o lucro das concessionárias. Quero que o ganho da redução das tarifas seja do caminhoneiro, do motorista, da economia do Paraná”, declarou Requião, em uma entrevista na segunda-feira (19).
Última semana de campanha
A última semana de campanha de Requião deve ser focada em contato com os eleitores, como explicou à Gazeta do Povo a coordenação da campanha da Federação Brasil da Esperança no Paraná. Além desses eventos, Requião vai gravar os últimos programas eleitorais de rádio e TV e participar de entrevistas e debates.
Durante esta semana, o candidato esteve no litoral do estado, onde conversou com lideranças políticas e recebeu as demandas da região. Em Antonina, Requião falou sobre propostas para que a região possa se desenvolver economicamente sem depender exclusivamente dos turistas na alta temporada (verão). O mesmo tema foi abordado por ele em Matinhos.
O petista também criticou o valor investido pelo Estado na obra da engorda da orla da praia entre Matinhos e Caiobá. Requião classificou como histórica a necessidade da obra – segundo ele, um projeto para a engorda foi feito por ele no final do último mandato, em 2010 – e disse que vai investigar os gastos caso seja eleito.
“A demanda pela engorda é histórica e sou sensível a ela. Fiz o projeto no final do meu mandato. Mas, não é possível que para uma draga aumentar a faixa de areia de uma praia se gaste tanto como está previsto. Eleito, pedirei ao Ministério Público que investigue isso tudo”, comentou.
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