O União Brasil confirmou nesta terça-feira (2) o nome do ex-juiz federal Sergio Moro para a disputa ao Senado pelo Paraná. A convenção da sigla foi realizada no Espaço Torres, no Jardim Botânico, em Curitiba. Moro primeiro ensaiou candidatura à presidência da República pelo Podemos (PODE), mas acabou saindo da legenda atrás de uma estrutura partidária mais robusta – no União Brasil, contudo, enfrentou resistência para se lançar ao Planalto.
Na convenção, o advogado Luis Felipe Cunha e o empresário Ricardo Guerra foram definidos, respectivamente, como primeiro e segundo suplente de Sergio Moro. Além de manter um escritório de advocacia full service em Curitiba, Cunha atualmente exerce a vice-presidência do Instituto dos Advogados do Paraná e é membro da Comissão de Direito Desportivo da OAB no Paraná. Empresário do agronegócio, Ricardo Guerra é irmão do deputado estadual Luiz Fernando Guerra.
Em breve entrevista à imprensa ao chegar na convenção, Moro foi questionado sobre a situação do senador Alvaro Dias (PODE), seu ex-correligionário e agora potencial adversário nas urnas. “Não está certo ainda que o Alvaro Dias vai concorrer à reeleição. A gente respeita ele e, se acontecer [a candidatura dele], vai ser um debate no alto nível. A gente não tem mentira, fake news, golpe baixo. A gente tem que construir uma nova forma de fazer política. Ninguém entrou aqui para ganhar a qualquer custo. A gente quer ganhar a eleição, sim. Acho que o Paraná precisa ter uma voz independente e forte lá no Senado, mas ninguém vai jogar baixo não. A gente não vai combater o crime infringindo a lei”, disse Moro.
Com 50 anos de idade e nascido em Maringá, onde estudou Direito, Sergio Moro concluiu mestrado e doutorado na Universidade Federal do Paraná, em Direito Constitucional. Foi titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Atuou em processos da Operação Lava Jato em primeira instância, e se afastou do cargo de juiz federal em novembro de 2018 para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública na gestão Jair Bolsonaro (PL), com quem rompeu em abril de 2020.
Partido faz aliança com PSD de Ratinho Junior
No Paraná, o União Brasil não terá nome próprio para o governo estadual - a sigla confirmou nesta terça-feira (2) o apoio à candidatura de reeleição de Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). O secretário-chefe da Casa Civil na gestão Ratinho Junior, João Carlos Ortega (PSD), foi quem participou da convenção como representante do candidato do Palácio Iguaçu. No último sábado (30), durante a convenção do PSD, Ratinho Junior chegou a declarar seu "apoio pessoal" à candidatura ao Senado do deputado federal Paulo Martins (PL), jogando um balde de água fria nos demais aliados que também estão de olho na cadeira hoje ocupada por Alvaro Dias.
LEIA MAIS: “Não preciso do governador para ser candidato”, diz Sergio Moro
Os nomes dos candidatos do União Brasil a deputado estadual e federal ainda seriam confirmados até o final desta terça-feira (2), mas o plano inicial é lançar 37 deputados estaduais (13 mulheres) e 26 deputados federais (9 mulheres). Dos atuais parlamentares do União Brasil, a maioria vai tentar a reeleição. Correligionários calculam que a legenda consegue eleger ao menos oito estaduais e quatro federais nas urnas de outubro.
Dos dois atuais deputados federais do União Brasil, Felipe Francischini (atual presidente estadual do União Brasil) vai tentar um novo mandato na Câmara Federal e Ney Leprevost deve sair a deputado estadual. Os deputados estaduais Dr Batista, Nelson Justus, Luiz Fernando Guerra, Mauro Moraes, Plauto Miró e Nelson Luersen devem tentar a reeleição – assim como Emerson Bacil e Do Carmo, que recentemente perderam o mandato na Assembleia Legislativa, na esteira da cassação de Fernando Francischini.
A vereadora de Curitiba Flávia Francischini (União Brasil), que é esposa de Fernando Francishini, é quem vai tentar uma vaga na Assembleia Legislativa. O atual deputado estadual Elio Rusch (União Brasil) informou que não entrará na disputa. Ele exerce seu oitavo mandato consecutivo na Assembleia.
Como a eleição de Trump afeta Lula, STF e parceria com a China
Moraes não tem condições de julgar suposto plano golpista, diz Rogério Marinho
Policial federal preso diz que foi cooptado por agente da cúpula da Abin para espionar Lula
Rússia lança pela 1ª vez míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia
Deixe sua opinião