A troca das cadeiras que resultou na maior renovação da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) nos últimos anos teve, como resultado direto, o aumento da bancada feminina no legislativo estadual. O número de mulheres eleitas passou de 5, na atual legislatura, para 10 – as cinco novas deputadas estaduais terão em 2023 o início de seus primeiros mandatos na Alep.
A ex-secretária municipal de Saúde de Curitiba Márcia Huçulak (PSD) é o destaque entre as calouras na casa. Nome forte do prefeito Rafael Greca (DEM) durante a pandemia de Covid-19, Huçulak chegou a liderar a contagem de votos entre os candidatos a deputado estadual no início da apuração. Ela obteve um total de 75.659 votos, sendo a mulher com maior votação para o cargo nestas eleições no Paraná. Vai formar, junto a outros 14 deputados do PSD, a base de apoio do governador reeleito Carlos Massa Ratinho Junior (PSD).
Pelas redes sociais, ela comemorou a vitória na primeira eleição que disputou. "Com a ajuda de vocês, conseguirei levar importantes pautas da saúde para a Assembleia Legislativa e, de lá, cuidar da qualidade de vida dos paranaenses. Sinto-me emocionada e com muita esperança por um Paraná melhor e mais saudável", escreveu.
Ana Júlia sai da suplência na CMC para uma vaga na Alep
A suplente do Partido dos Trabalhadores na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) Ana Júlia Ribeiro (PT) também está na lista de novatas na ALEP. Mais que isso: ela é a deputada estadual mais jovem já eleita no Paraná, com 22 anos. Sua participação na política começou em 2016, durante as ocupações de escolas estaduais por estudantes contrários à reforma no Ensino Médio.
Quatro nos mais tarde, teve votação suficiente para ficar na primeira suplência do partido na CMC. Em 2022 chegou a assumir a vaga de Renato Freitas (PT) entre a cassação e o restabelecimento do mandato do ver. Eleita deputada estadual com 51.845 votos, vai fazer parte da pequena bancada de oposição na Alep.
Flávia Francischini carrega o peso do sobrenome da família
Flávia Francischini (União) teve menos votos que Ana Júlia (41.757), mas leva consigo o peso do sobrenome de Fernando Francischini (União), o mais votado entre os deputados eleitos no estado nas eleições de 2018. Flávia, assim como Ana, é vereadora em Curitiba e deixará o mandato em uma das casas para assumir a vaga na outra.
Marli Paulino abriu mão de prefeitura na RMC
Marli Paulino (Solidariedade) também abriu mão de um mandato municipal para concorrer a uma vaga na Alep. Ela foi a primeira mulher eleita e reeleita prefeita em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e após renunciar ao cargo em abril deste ano entrou na disputa de uma vaga como deputada estadual. A expectativa de repetir a votação que teve no município se cumpriu, e com 41.262 votos conquistados ela agora vai representar a cidade e a região no Legislativo Estadual.
Cloara Pinheiro herdou a vaga de Moacyr Fadel
Cloara Pinheiro (PSD) conseguiu o voto de 35.151 eleitores no Paraná, o que a princípio não foi suficiente para lhe garantir uma cadeira na Alep. Mas uma decisão judicial considerou nulos todos os mais de 41,5 mil votos do ex-prefeito de Castro, Moacyr Fadel (PSD), o que abriu a vaga para a apresentadora de TV. A situação de Cloara é a mais delicada entre todas as novas deputadas estaduais, uma vez que Fadel está recorrendo da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – caso ele recupere os votos, volta a ocupar a vaga, o que levará Cloara para a suplência do partido.
As outras mulheres que vão compor a inédita bancada feminina na Casa - cuja criação foi aprovada pelos deputados na atual legislação - são Mabel Canto (PSDB), Maria Victoria (PP), Luciana Rafagnin (PT), Cantora Mara Lima (Republicanos), Cristina Silvestri (PSDB).
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