Uma das obrigações dos candidatos a cargos eletivos nas eleições de outubro é declarar os bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), junto ao pedido de registro de candidatura. O candidato ao governo do Paraná pelo PDT, Ricardo Gomyde, declarou este ano possuir R$ 88.376,27. A maior parte, R$ 88.000,00, refere-se à quota de capital e o restante é aplicação em caderneta de poupança.
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Desde a última eleição, em 2018, quando Gomyde registrou candidatura como deputado federal pelo PSB, mas não foi eleito, o valor da declaração de bens dele caiu cerca de 96%. Na época, os bens declarados à Justiça Eleitoral pelo candidato somavam R$ 1.776.318,89. A maior parte, R$ 1.288.318,89 era referente a um apartamento.
Outros bens imóveis totalizavam R$ 40 mil. E R$ 88 mil eram cotas de capital, que Gomyde ainda mantém. Atualizando para valores de hoje, de acordo com o IPCA/IBGE, o valor total dos bens declarados pelo candidato em 2018 corresponderia a R$ 2.257.856,72.
O último registro de bens de Ricardo Gomyde que consta no TSE é de 2006, quando também concorreu à Câmara Federal, na ocasião pelo PCdoB. Na época, o patrimônio totalizava R$ 232.406,54 (R$ 578.847,46 atuais). Quando foi candidato a prefeito de Curitiba, em 2008, também pelo PCdoB, tinha R$ 133.077,45 (R$ 301.390,93 em valores de hoje).
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A partir de 2018, com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a declaração de bens informada ao TSE não apresenta tantos detalhes. Assim, o eleitor não consegue mais saber onde ficam os imóveis dos candidatos, onde o dinheiro está investido e nem o nome das empresas que pertencem a eles ou nas quais têm participação, informações que permitiam verificar evoluções patrimoniais suspeitas ou conflitos de interesse.
Trajetória de Gomyde
Ricardo Gomyde iniciou a carreira política no movimento estudantil. Nos anos de 1992 e 1993 foi dirigente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Foi deputado federal de 1995 a 1999 e eleito vereador por Curitiba em 2002, cargo que ocupou por pouco tempo até se licenciar, em 2003, para assumir a Secretaria de Esportes do Paraná, onde permaneceu até 2010.
Como assessor do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, integrou o governo de Dilma Rousseff. Foi gestor da Copa do Mundo de futebol em 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.
Permaneceu filiado ao PCdoB, de 1993 a 2017. De 2017 a 2022, esteve no PSB e este ano filiou-se ao PDT.