O funcionalismo público, principalmente nos setores da educação e da segurança pública, foi um dos temas centrais tratados por Ratinho Junior (PSD), candidato à reeleição ao governo do Paraná, na manhã desta quarta-feira (21), na sabatina promovida pela Jovem Pan Maringá. A entrevista teve duração de 45 minutos.
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O candidato se comprometeu a tornar anual a contratação de 500 a mil policiais militares pelo estado. “Acho um erro como é feito hoje, um concurso a cada 3 ou 4 anos, visto que todos os anos se aposentam 800 policiais no Paraná”, falou ele, que respondeu estar empenhado em eliminar esse espaçamento, que dificulta manter o efetivo atual de cerca de 18 mil policiais.
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Questionado sobre a defasagem desse efetivo, que precisaria de pelo menos mais 10 mil policiais para alcançar índices internacionais recomendáveis de segurança, o governador citou a ampliação no número de contratações, de de 2,4 mil para 3,4 mil policiais com o último concurso promovido pelo estado. Porém, eles ainda não concluíram o treinamento obrigatório para o trabalho nas ruas. “Esses policiais já estão na academia em treinamento, sendo 3 mil policiais e 400 bombeiros, e a ideia é que em até 4 meses eles estejam em treinamento nas ruas”, disse Ratinho Junior.
Como melhorar o salário dos servidores?
Quando indagado sobre como melhorar os salários dos servidores públicos sem ultrapassar o limite prudencial, o candidato explicou que o servidor público tem consciência do caixa do Estado, que tem limites financeiros. “E hoje ele sabe que aquela discussão de que todo ano o governo é obrigado a dar o reajuste da data-base foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal. O governo pode dar reajustes conforme o seu caixa permita, até porque a lei coloca um teto para o gasto com pessoal”, disse ele.
Ratinho Junior citou que policiais e professores somam 80% dos servidores do estado. “Hoje o professor começa a carreira ganhando R$ 5.540, um aumento de 48% do salário que se tinha antes. E quem está no topo da carreira teve ganho de 11% a 18%, com um escalonamento. Isso porque os sindicatos defendem o topo da pirâmide, pois quem domina o sindicato é quem está no topo, aquele professor que ganha R$ 14 mil. Fiz o contrário, cuidei da base, que é 70% dos servidores do estado”, falou ele.
O candidato a governador afirmou ainda que, em relação às polícias, reduziu a defasagem de salários entre oficiais e praças, que era de 60%, além de instituir o vale-alimentação de R$ 600, quase 20% do salário de entrada de um policial.
Ideologia de gênero e armas
Quando o assunto foram temas ligados à pauta do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), Ratinho Junior se mostrou alinhado em relação ao tratamento dado à chamada ideologia de gênero. "Não é função das escolas pautar o tema da opção sexual. Elas têm que focar em ensinar matemática, finanças pessoais e programação, e que o adulto na sua formação se descubra e viva como bem entender", disse ele, afirmando que governa para todos e respeita a todos.
Relembrado de uma passagem anterior em que disse ser contra as armas, Ratinho Junior disse que não mudou de ideia sobre o tema, mas que, por ter virado um tema nacional, isso "embolou o que ele sempre defendia", disse ele. "Por princípio, não gosto de arma, mas defendo que a pessoa possa portá-la, principalmente em propriedades rurais distantes das forças de segurança, para proteção", afirmou.
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