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Ratinho
Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD) esteve na RPC para sabatina com candidatos ao governo.| Foto: Reprodução/RPC

“O pedágio foi plataforma de muita mentira no passado, de que se ia baixar o preço, foram tiradas muitas obras do contrato e havia escândalos de corrupção”. Foi a partir do tema tratado no dia anterior por um de seus opositores que o candidato à reeleição ao governo do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior, deu início à sabatina feita nesta quarta-feira (15) pelos jornalistas da RPC, no jornal Meio-Dia Paraná.

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O candidato focou por um bom tempo na explicação da situação atual do pedágio no estado, afirmando ter sido o responsável pelo fim da concessão vigente e por reincluir as obras retiradas dos contratos ao longo dos anos de concessão. “Resgatei junto ao Ministério Público Federal e Justiça Federal cerca de R$ 1,3 bilhão em obras tiradas dos contratos, como o Trevo Cataratas, o Viaduto do Sabará, em Ponta Grossa, e a duplicação da Rodovia do Café”, disse ele.

O candidato reafirmou seu papel diante da indagação dos jornalistas de que esta recuperação estava prevista em acordos de leniência. “Sim, mas quem aceita o acordo de leniência é o governo do estado, que só acontece se ele quiser. E quem exigiu qual obra e onde seria feita, foi o governo, fomos nós que levantamos os perímetros urbanos com mais acidentes e resgatamos essas obras”, afirmou ele.

Sem menção a Jair Bolsonaro e promessa de preço pela metade

Sem mencionar o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) em toda a sabatina, Ratinho Junior citou que a proposta do novo pedágio é feita junto com o governo federal, pelo Ministério da Infraestrutura, que prevê também novas concessões, das quais 80% seriam de rodovias federais.

Questionado se mesmo com o atraso da análise para nova concessão do pedágio pelo Tribunal de Contas da União, que levou ao aumento do preço estimado da tarifa que vai a leilão, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), seria possível ter uma tarifa 50% mais barata, como o que vem sendo prometido pelo candidato, ele respondeu que isso depende do TCU, que é quem faz a regulamentação e analisa a proposta. “No fim, quem vai dizer o preço é o leilão, quem tiver a menor tarifa ganha a concorrência”, diz ele, que aponta que praças como de Jataizinho e Jacarezinho podem ter quedas ainda maiores do que 50%. “Porém, tão importante quanto preço, que tem que ser justo com o paranaense, é ter obras, como duplicações”, disse ele.

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Questionado sobre o governo do estado ter decidido terceirizar a contratação de funcionários de escolas estaduais, como merendeiras e inspetores, e que isso não teria gerado economia, pelo contrário, teria gerado até 70% a mais de custos de quando os contratos eram feitos por Processo Seletivo Simplificado (PSS), Ratinho Júnior criticou os cálculos dos jornalistas.

“Isso acontece porque você não colocou na conta o custo de 30% de faltas de funcionários que apresentaram atestado médico, na maioria nem mesmo doentes, e que precisam ser repostos; e que muitos desses PSS acabam entrando com ações trabalhistas que geram dívidas gigantescas ao Estado”, disse Ratinho Júnior, que defendeu que há, sim, um ganho na eficiência da máquina pública nessa substituição da forma de contrato.

Ele seguiu dando o exemplo dos pátios do DetranPR. “Com a terceirização dos pátios para a iniciativa privada, economizaremos R$ 18 milhões e liberaremos 600 policiais que, hoje, ficam cuidando de carros velhos, para que eles voltem às ruas e que um vigilante de empresa terceirizada faça aquele tipo de serviço”, diz ele.

Desafio de represamento em saúde e aposta nas câmeras nas fardas

Quando o tema foi saúde e as cirurgias eletivas represadas por conta dos dois anos da pandemia do Covid-19, que fez também com que consultas especializadas se acumulassem, hoje, em 300 mil, segundo a Secretaria de Saúde do Paraná, o candidato citou o programa Opera Paraná. São investidos nesse projeto, segundo Ratinho Junior, R$ 150 milhões para agilizar esses serviços. A previsão do governador é de que a normalização do quadro ocorra em até de 6 a 8 meses. “Porém o tema é um desafio, visto que, mesmo sem a pandemia, normalmente de 100 mil a 130 mil cirurgias se acumulam anualmente”, disse ele.

Sobre o aumento no número de mortes em confronto com a polícia no estado e indagado sobre a implantação de câmeras em fardas e veículos da polícia, Ratinho Júnior disse que, sobre o tema, já há um projeto sendo estudado pela corporação, pela Polícia Militar, e que um projeto-teste está sendo construído para a Polícia Rodoviária Militar.

“Este é o futuro e não tem como ir contra isso, pois dá segurança tanto ao policial quanto para o cidadão, que poderá ter provas em caso de abuso”, disse ele, assinalando que o prazo para essa implantação é o ano que vem e que o item já consta da proposição orçamentária, que deve ser votada no fim do ano.

Próximas entrevistas

O primeiro dos candidatos entrevistados pela RPC foi Joni Correia, do Democracia Cristã (DC), na última segunda-feira (12), seguido de Roberto Requião (PT)e do Professor Ivan (PSTU). Professora Ângela (PSOL) será entrevistada na sexta-feira (16).

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