Na disputa pelo governo do Paraná, a proposta de governo do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que tem como candidata a cientista social e estudante de psicologia Vivi Motta, consiste em um programa anticapitalista e anti-imperialista e pretende “direcionar o governo aos interesses da classe trabalhadora”.
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As palavras mais citadas em seu projeto são mulher, educação e população e, entre as perspectivas centrais da proposta, se destacam o “compromisso inegociável com as/os trabalhadoras/es, com a juventude e a população explorada e oprimida”, apresentando “a organização, participação e luta coletiva dos/as trabalhadores/as como central para a defesa e garantia de seus direitos”.
São diversos os eixos programáticos da proposta do PCB e que englobam da construção do poder popular a iniciativas que visam melhorias para a classe trabalhadora, passando pela luta antimanicomial, projetos de moradias e incremento da educação e saúde públicas.
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Esperamos que, nessas eleições, os trabalhadores paranaenses saiam fortalecidos e cada vez mais organizados para a construção do Poder Popular.
Viviane Motta (PCB), candidata ao governo do Paraná
Também envolvem medidas para o combate à violência policial, de luta ambiental e em benefício de povos indígenas, além do combate ao machismo e violência de gênero e apoio a mulheres trabalhadoras e combate ao racismo e violência contra a população LGBT.
Em relação ao eixo de construção do poder popular, a ideia é estabelecer Conselhos Populares, “que serão eleitos, fiscalizados e, eventualmente, revogados, por meio de assembleias em todos os locais de trabalho, moradia e estudo”. São essas instâncias de organização e luta da classe trabalhadora que irão exercer o poder popular, segundo a legenda, caso seja eleita.
Confira alguns destaques do plano de governo de Vivi Motta:
A íntegra das propostas está disponível no site do TSE.
Plano de governo de Vivi Motta
Propõe a redução da jornada de trabalho semanal para 30 horas sem redução dos salários;
Fim dos pedágios. Estatização das rodovias estaduais com o fim das concessões.
Expansão e reversão das privatizações na saúde pública, bem como a estatização de todo o setor privado de saúde;
A gestão e operacionalização do Sistema Único de Saúde no Paraná deverá ser executada diretamente pelo governo, sob controle popular.
Fim da militarização das escolas públicas.
Confisco sem indenização dos imóveis ociosos nos grandes centros urbanos.
Garantir a igualdade salarial entre homens e mulheres sem rebaixamento dos salários;
Ampliação da licença maternidade, com garantia de estabilidade no retorno ao trabalho e regulamentação da licença paternidade.
Criação de Centros Culturais Indígenas, com o objetivo de divulgar e fortalecer a identidade e cultura dos indígenas no Paraná.
Educação não LGBTfóbica, anti-sexista, antirracista, garantindo acesso à educação básica e superior pública paranaense.
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