Os três candidatos mais votados na corrida pela vaga do Paraná ao Senado – Sergio Moro (União), Paulo Martins (PL) e Alvaro Dias (PODE) – somaram mais de R$ 13,5 milhões em arrecadação para a campanha. Os valores estão no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas ainda não estão totalmente consolidados, já que os candidatos têm até 1º de novembro para apresentarem a prestação de contas final das campanhas.
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Entre os três políticos, Alvaro apresentou o maior volume de dinheiro arrecadado. Ele mostra uma receita superior a R$ 5 milhões (R$ 5.081.444,00). E tanto Alvaro quanto Moro registraram uma receita superior ao limite de gastos permitido. A “sobra de campanha” não é um problema para a legislação eleitoral, que prevê punição somente para aqueles que gastaram mais do que o limite de despesa autorizado. Para todos os candidatos ao Senado pelo Paraná, o teto de gastos deve ser de R$ 4.447.201,54. Alvaro gastou menos do que isso. Ele apontou R$ 3,3 milhões (R$ 3.398.305,28) em despesas. Já Moro arrecadou R$ 4.771.111,26, mas ainda não exibiu os gastos da campanha.
Em segundo lugar na corrida ao Senado, Paulo Martins registrou uma receita de R$ 3,6 milhões (R$ 3.667.146,00) e uma despesa de R$ 1,5 milhão (R$ 1.549.441,60). O primeiro lugar nas urnas ficou com Sergio Moro, que fez 33,50% dos votos válidos, contra 29,12% de Martins e 23,94% de Alvaro. Outros sete candidatos estavam na disputa.
Fundo Eleitoral e doações expressivas de empresários
Dinheiro de Fundo Eleitoral representa a maior fatia da arrecadação dos três políticos, mas empresários também fizeram doações expressivas às campanhas. A maior fatia da receita da campanha de Alvaro Dias vem do Fundo Eleitoral do Podemos: ele recebeu R$ 4.440.000,00. Entre as doações de pessoas físicas, os dois maiores valores foram transferidos por empresários ligados ao ramo da Educação. O primeiro suplente na chapa de Alvaro, o empresário Wilson Matos Filho, doou R$ 440 mil. Ele é dono da UniCesumar. Já o empresário Wilson Picler, que já foi deputado federal, doou R$ 80 mil. Picler é dono da Uninter.
No caso de Sergio Moro, o Fundo Eleitoral do União Brasil foi responsável por transferir mais de R$ 2,2 milhões (R$ 2.223.600,77) ao candidato e o Fundo Partidário da legenda acrescentou R$ 1,8 milhão (R$ 1.884.000,00) à campanha. Também houve R$ 49 mil em doações de pessoas físicas através do partido, mas o detalhamento ainda não está disponível no site do TSE.
Assim como na candidatura de Alvaro, um suplente de Sergio Moro também abasteceu o caixa da campanha. Entre as doações de pessoas físicas, a maior foi feita pelo empresário Ricardo Augusto Guerra, que também é o segundo suplente de Moro. Ele doou R$ 259 mil. Outro empresário, Rafael Melhim Abou Rejaile, doou R$ 100 mil, segundo maior valor entre as doações de pessoas físicas.
Na campanha de Paulo Martins, R$ 2 milhões vêm do Fundo Eleitoral do PL. Ele também recebeu R$ 725.100,00 de pessoas físicas através do diretório do PSD. A sigla é do governador do Paraná reeleito, Carlos Massa Ratinho Junior, que apoiou Martins na campanha. Entre os doadores que repassaram dinheiro diretamente à campanha de Martins, estão os empresários Faissal Assad Raad e José Salim Mattar Junior. O primeiro doou R$ 300 mil à campanha de Martins. O segundo, presidente da Localiza, de aluguel de veículos, doou R$ 250 mil. Na gestão Bolsonaro, Salim Mattar foi secretário de desestatização no Ministério da Economia, mas deixou o posto em agosto de 2020, alegando que a agenda de privatizações pouco avançava.
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