Aos 81 anos, Roberto Requião quer - pela quarta vez - voltar ao Palácio Iguaçu como governador do Paraná. Fora dos cargos eletivos há quatro anos, Requião perdeu suas duas últimas disputas. Em 2014 foi derrotado por Beto Richa na votação para governador e, em 2018, não conseguiu se reeleger como senador. Para tentar voltar a conquistar os votos dos paranaenses, Requião, filiado número 1 do MDB no Paraná, agora vai às urnas sob uma nova legenda, o Partido dos Trabalhadores (PT).
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Roberto Requião de Mello e Silva nasceu no dia 5 de março de 1941, em Curitiba. Filho do médico e ex-prefeito de Curitiba, Wallace Thadeu de Mello e Silva e de Lucy Requião de Mello e Silva, é casado com Maristela Quarenghi de Mello e Silva e pai de Maurício Thadeu e Roberta. É formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná e em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Também cursou Urbanismo pela Fundação Getúlio Vargas.
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Foi deputado estadual (1983/85), prefeito de Curitiba (1986/89), secretário do Desenvolvimento Urbano do Estado do Paraná (1989/90), governador do Estado do Paraná (1991/94), senador da República (1994/2002 e 2011/2019, último período em que ocupou cargo eletivo). Foi eleito pela segunda vez para governar o Paraná (2003/06), e reeleito para o mesmo cargo para o mandato 2007/10.
Requião foi o primeiro governador eleito por três vezes no Estado do Paraná. Antes dele, apenas Manoel Ribas havia administrado o Paraná em três períodos. A diferença, porém, é que em duas dessas oportunidades, Ribas governou como interventor, por determinação do governo federal.
Durante toda a vida política, Roberto Requião foi filiado ao MDB, legenda da qual é fundador e tem a ficha de filiação número 01. Em agosto de 2021, porém, ao perder a presidência estadual do MDB, Requião anunciou a saída do partido ao qual estava vinculado desde 1981. Em março de 2022, ele assinou sua ficha de filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT) prometendo “escorraçar a canalha que, numa hora tão infeliz, instalou-se no Paraná e no Brasil”.
Roberto Requião colecionou uma série de polêmicas durante o período em que foi governador do Paraná. Antes mesmo da primeira eleição, em 1990, denunciou a existência do personagem Ferreirinha, um suposto matador de agricultores que servia à família do adversário naquele pleito. No curso das investigações, a Polícia Federal acabou descobrindo que Ferreirinha era, na verdade, um motorista.
À época, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) chegou à conclusão de que houve crime eleitoral e cassou o mandato de Requião, que recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reassumir o cargo. O caso acabou arquivado em 1994 pelo TSE, sob a alegação de que houve erros processuais.
Roberto Requião também foi alvo de críticas por ter contratado, ao longo dos anos como governador, diversos parentes para ocuparem cargos públicos. A esposa, Maristela, foi nomeada diretora do Museu Oscar Niemeyer. Os irmãos Maurício e Eduardo ocuparam os cargos de secretário da Educação e superintendente do Porto de Paranaguá, respectivamente. João Arruda Sobrinho e Paikan Salomon de Mello e Silva, sobrinhos de Requião, também foram nomeados para cargos públicos: o primeiro como superintendente da Cohapar, o segundo produtor da TV Educativa.
Quando terminou o terceiro mandato como governador, a Gazeta do Povo ouviu uma série de especialistas que avaliaram os pontos fortes e os tropeços do então emedebista à frente do Executivo paranaense. O foco nas políticas sociais e os bons índices no Ensino Superior foram apontados como algumas das marcas mais fortes da gestão de Roberto Requião. Já nos setores de Segurança Pública e Infraestrutura, a avaliação foi negativa.
Perfil do candidato
- Nome: Roberto Requião de Mello e Silva
- Número de urna: 13
- Vice: Jorge Miguel Samek
- Partido: PT
- Idade: 81 anos
- Data de nascimento: 05/03/1941
- Ocupação: jornalista e advogado
- Grau de instrução: pós-graduação
- Estado civil: casado
- Município de nascimento: Curitiba/PR
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