Eleito senador pelo Paraná neste domingo (2), Sergio Moro (União) foi à sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, em Curitiba, por volta das 21h30, quando falou com a imprensa. Ele fez um discurso de agradecimento aos eleitores e disse que a campanha foi “muito difícil”. “Eu fico muito honrado pela confiança que a gente recebeu do eleitor paranaense. E quero dizer que foi uma eleição difícil. Porque nós lutamos contra todo o sistema político que era contra nós. Sistema político não queria a gente em Brasília. A gente teve poucos aliados políticos, mas eles foram valorosos”, afirmou o ex-juiz federal, que chegou no TRE ao lado do deputado federal reeleito Felipe Francischini (União).
Pesquisas
Questionado sobre pesquisas eleitorais que ao longo da campanha indicaram a possibilidade de reeleição de Alvaro Dias (PODE), Moro reclamou: “Eu não gosto de falar mal de pesquisa. Acho que muitas vezes é um discurso de perdedor. Mas os resultados foram muito diferentes, tanto a nível nacional quanto estadual. Acho que alguns institutos têm que rever as suas metodologias, porque o que pareceu foi uma tentativa indevida de influenciar os votos. Não é justo”. No Paraná, atrás de Sergio Moro, ficou o deputado federal Paulo Martins (PL). Alvaro Dias ficou na terceira posição.
Atuação no Senado
Moro também foi questionado sobre como deve ser a sua atuação no Senado, quando aproveitou para falar do ex-presidente Lula, que agora disputa o Planalto contra Bolsonaro em segundo turno: “Os desafios são enormes. Primeiro, temos que retomar a luta contra a corrupção, que ficou afastada nos últimos anos. Inclusive acho que a causa da volta do Lula como candidato é porque foi enfraquecido o combate à corrupção. E, do outro lado, também temos que aprovar as grandes reformas que destravem a economia do Brasil. Reforma política, administrativa, tributária, da Justiça. Para que tenhamos mais emprego, mais renda. As pessoas estão tendo dificuldades”, respondeu ele, que levantou a bandeira anti-PT ao longo da campanha.
Segundo turno
Sobre se eventualmente pediria votos para a candidatura de Bolsonaro no segundo turno, Moro justificou que ainda irá conversar com seu partido, o União Brasil. “Vamos fazer uma reflexão junto com o partido e anunciar uma decisão em breve”, disse ele.