A Gazeta do Povo está publicando uma série de entrevistas com os candidatos que nas eleições de 2022 disputam a cadeira do Paraná no Senado Federal. Foram feitas as mesmas sete perguntas a todos os concorrentes, que puderam responder por escrito, dentro de um limite máximo de caracteres previamente informado aos candidatos. Entre os 10 candidatos, apenas Alvaro Dias (PODE) não participa da série – o candidato alegou falta de tempo para responder às questões. Logo abaixo, confira as respostas do candidato do PMN, Dr. Carlos Saboia:
1 - Os últimos anos foram marcados por conflitos na relação entre os Três Poderes. Há queixa de interferência do Judiciário no Legislativo e no Executivo, de interferência do Executivo no Legislativo e de interferência do Legislativo no Executivo. Na sua visão, quais ajustes seriam necessários para garantir a independência entre os Três Poderes, sem prejuízos à democracia?
Que se respeite a independência de cada poder. Eles são soberanos e, dentro dessa soberania, que seja respeitada a Constituição. Somente este é o detalhe mais importante.
2 - Como o senhor vê o “orçamento secreto”?
Eu acredito que num país democrático não pode haver um orçamento secreto. As coisas têm que ser claras. Pelo menos o Legislativo e o Judiciário têm que ter conhecimento disso. Eu sou da transparência.
3 - Como o senhor se posiciona em relação a privatizações de estatais?
Importantíssimo. Estatal é cabide de emprego, principalmente para pessoas com má intenção. Não tem cabimento manter estatais. Esse é o princípio básico da democracia americana, por exemplo. Eu não estou criando nada, estou apenas me espelhando num modelo que é bem-sucedido.
4 - Em junho, o plenário do Senado aprovou projeto de lei complementar que fixou um teto de 17% do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e serviços de telecomunicações e de transporte público. O texto recebeu críticas de governadores estaduais, inclusive do Paraná, já que o ICMS é a principal fonte de arrecadação estadual. Como o senhor se posiciona sobre o tema?
O recolhimento de ICMS é um fator decisivo para o progresso das empresas e do Estado. No entanto, nós, enquanto cidadãos, não sabemos para onde todo esse dinheiro vai. É o caso do ICMS das cooperativas do Paraná e do Brasil. Em razão do crédito que gera, é um dinheiro que fica nas nuvens e tem burocracia para ser utilizado pelas empresas. É algo que precisa ser melhor esclarecido para gente saber para onde o dinheiro é direcionado. Em relação aos 17% que foram aprovados, concordo com esse número. O ICMS é muito importante, mas não precisa ser mais que isso. E se está vindo do presidente Bolsonaro, é porque é para melhorar a nossa economia. Inclusive, uma das minhas propostas é isentar o ICMS para pessoas com deficiência física.
5 - Quais são as principais bandeiras da sua candidatura e por que busca a cadeira do Paraná no Senado?
A minha preocupação fundamental é trabalhar por aquilo que é necessário para uma pessoa ser feliz. E a felicidade vem de você ter, em primeiro lugar, saúde, e depois, ter renda. E junto com a renda vem a geração de trabalho, do emprego. Nós vamos trabalhar com o empreendedor. A saída é incentivar e apoiar as cooperativas de geração de crédito, como foi na Europa. Na Espanha e Itália, conseguiu-se recuperar a economia de forma rápida e sustentável através da garantia de crédito. Isso foi implantado em Maringá através da ACIM com a participação do SENAI e SENAC. E para a Saúde, a saída também são as cooperativas, como no caso CISAMUSEP, que é o consórcio intermunicipal de Saúde. Os consórcios são a saída para tudo.
6 - Qual a candidatura à presidência da República que o senhor apoia e por quê?
Eu apoio a candidatura do Bolsonaro, porque é aquilo que me faz e me impulsiona a ser candidato a Senador. Porque o Bolsonaro é pela postura, pela Educação, pelo respeito e pela dignidade. Ele é um homem limpo. Então, com certeza, empolgado com essa recandidatura do Bolsonaro, eu sou Bolsonaro.
7 - Qual a candidatura ao governo do Paraná que o senhor apoia e por quê?
Apoio a Solange Ferreira Bueno, do nosso partido, o PMN. Porque se o mundo fosse das mulheres, seria muito melhor e não teríamos todos esses conflitos que existem. A mulher é sentimental e o homem é material. Se procurarmos fazer as coisas com mais sentimento, com certeza você vai ter respeito às pessoas e procurar fazer o melhor em tudo na vida. E, por natureza, a mulher é menos corrupta.
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