O candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, lamentou nesta sexta-feira (9) o assassinato de um petista por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) após uma discussão política em Confresa (MT). Benedito Cardoso de Santos foi morto a golpes de faca por Rafael Silva de Oliveira, que foi preso e confessou o crime, segundo a Polícia Civil.
"É com muita tristeza que soube da notícia do assassinato de Benedito Cardoso dos Santos, na zona Rural de Confresa. A intolerância tirou mais uma vida. O Brasil não merece o ódio que se instaurou nesse país. Meus sentimentos à família e amigos de Benedito", disse Lula no Twitter. Nesta tarde, o ex-presidente também concedeu uma coletiva de imprensa e voltou a comentar o caso.
"Esse país está caminhando para uma selvageria que nós até então não conhecíamos. O que se ouvia falar, de vez em quando, em algumas cidades pequenas, em alguns estados brasileiros, um coronel brigava com outro coronel e se matava. Mas a gente não tinha essa experiência nos grandes centros urbanos, sobretudo em eleição presidencial, e quem tá falando é um cara expert em disputar eleição presidencial", afirmou Lula.
O ex-presidente disse ainda esperar que a Justiça Eleitoral esteja atenta aos casos de violência política. "Isso é gravíssimo. Espero que a polícia esteja atenta, e a própria Justiça Eleitoral, para ver se isso tem ordem, se tem orientação, se é estratégia de política. Nós vamos continuar falando o que nós falamos, fazendo nossos comícios sem nenhuma preocupação. Da nossa parte o que nós queremos é uma campanha de paz", completou Lula.
Ciro Gomes
O candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes, responsabilizou a "polarização irracional" pelo crime. "Mais uma vítima da guerra fratricida, semeada por uma polarização irracional e odienta que pode inundar de sangue o nosso solo. Abaixo a violência política. O Brasil quer paz!", disse o candidato no Twitter.
Simone Tebet
A candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) "estimula o ódio" e deve dar "um basta" em discursos violentos.
"Este não é o Brasil que queremos. Este não é o Brasil que podemos aceitar. O Brasil é um país de paz, quer paz e união, especialmente na área da política. A política não é isso, política é a arte de realizar sonhos das pessoas. Nós precisamos que o presidente da República dê um basta nisso. Ele estimula o ódio, ele instiga o ódio através de fake news, através de suas redes sociais. É preciso que ele [Bolsonaro] dê um basta", disse Tebet a jornalistas.
Soraya Thronicke
A presidenciável do União Brasil, Soraya Thronicke, também citou a polarização ao comentar o assassinato do petista por um apoiador de Bolsonaro. "Estamos regredindo de mãos dadas com a barbárie. Tem gente morrendo no Brasil por causa de adversidade política e partidária. Enquanto eles brigam, quem apanha é o povo brasileiro. Envergonham o País com corrupção, nos distraem com a polarização e, além disso, derramam sangue alheio", disse no Twitter.
Felipe D’Ávila
Felipe D’Ávila, candidato do Novo à Presidência da República, afirmou que "quando a política é tomada pela violência, significa que caminhamos rumo à barbárie". Nas redes sociais, o candidato também prestou solidariedade à família da vítima.
"Numa democracia real, divergências políticas são resolvidas com diálogo e respeito. Não é o que temos visto no Brasil, infelizmente. E quando a política é tomada pela violência, significa que caminhamos rumo à barbárie. Lamento o crime brutal ocorrido em Mato Grosso", disse. "Aproveito para prestar minha solidariedade à família da vítima. Precisamos, urgentemente, pacificar o Brasil. Chega do nosso país e da nossa gente dividida", completou.
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