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Representantes do PSB, PT, PCdoB e PV durante a reunião para discutir a federação nesta quarta-feira (8).
Representantes do PSB, PT, PCdoB e PV durante a reunião para discutir a federação nesta quarta-feira (8).| Foto: Reprodução/Twitter.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, anunciou nesta quarta-feira (9) que a sigla não participará de uma federação partidária com PT, PCdoB e PV. Siqueira anunciou a decisão ao lado da presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), após uma reunião entre os partidos para discutir o tema. Apesar de descartar a federação, o PSB deve formar uma aliança com os petistas para as eleições deste ano.

A expectativa é que o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin se filie ao partido para compor a chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo Planalto. Enquanto isso, PT, PCdoB e PV devem manter as negociações para formar uma federação.

"Em resposta ao atual momento político, o PT, PCdoB e PV decidem caminhar para construir a federação e continuarão dialogando com o PSB em busca de sua participação, bem como o envolvimento de outras legendas do nosso campo", diz nota dos partidos divulgada após a reunião.

PT e PSB divergiam sobre cenários regionais

O acordo entre PT e PSB para a federação esbarrava na divergência dos partidos nos cenários estaduais, como em São Paulo. O PSB pretende manter a pré-candidatura do ex-governador paulista Márcio França, enquanto o PT quer emplacar o ex-ministro da Educação Fernando Haddad.

A federação partidária prevê que duas ou mais legendas se unam durante o período eleitoral e mantenham a parceria por no mínimo quatro anos. Com isso, as siglas parceiras passam a ser tratadas como uma só. Precisam, por exemplo, estar juntas na disputa presidencial, em todas as candidaturas estaduais e também nas atuações na Câmara dos Deputados e no Senado.

O PT tentou fortalecer as negociações e retirou a pré-candidatura ao governo de Pernambuco do senador Humberto Costa. Já o PSB oficializou a pré-candidatura do deputado federal Danilo Cabral para suceder o atual governador, Paulo Câmara (PSB), que não pode concorrer à reeleição.

Ao se retirar e apoiar Cabral, os petistas esperavam que o PSB cedesse em São Paulo, o que não ocorreu. Além disso, a legenda resiste em apoiar um candidato petista ao Senado em Pernambuco. Estão na disputa os deputados federais Carlos Veras e Marília Arraes, e o da deputada estadual Teresa Leitão.

Representantes dos dois partidos resistiam à federação. Membros importantes do PSB, como França, Beto Albuquerque e Rodrigo Rollemberg, e o próprio Siqueira não estavam entusiasmados com a ideia. Enquanto alguns setores do PT lembravam que o PSB apoiou o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O PSB exigia para integrar a federação que na assembleia geral não fossem considerados somente o número de deputados eleitos, mas também prefeitos e vereadores eleitos por partido em 2020. O PT tem a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, por exemplo, com 53 parlamentares. Já o PSB tem 30 deputados federais.

A legenda exigia também a manutenção da composição da assembleia geral por quatro anos; e que partidos que atingissem 15% de votos no colegiado pudessem ter direito a veto; e ter o direito de estabelecer quatro quintos dos membros como maioria qualificada dentro do órgão.

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