Desde segunda-feira, caminhoneiros e demais manifestantes apoiadores de Bolsonaro bloqueiam estradas de vários estados| Foto: Antonio Lacerda/EFE
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O feriado de Finados registra redução no número de estados com protestos nas rodovias federais. O balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) das 11 horas informava que os atos ocorriam em 15 estados nesta quarta-feira (2). Na terça (1), eles chegaram a ser verificados em 22 estados e no Distrito Federal. Caminhoneiros e outros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) bloqueiam estradas desde a noite de domingo (30) por causa da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República.

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Os atos ainda estavam em andamento nos seguintes estados: Acre, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Pernambuco, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Apesar disso, 631 protestos em rodovias já foram desfeitos pela PRF. A corporação informou que fez 1992 autuações durante a operação de desbloqueio das estradas. O valor da multa é de cerca de R$ 5.800 para os casos de obstrução das vias e de R$ 17.600 para os organizadores dos protestos.

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Também houve redução no número de rodovias federais bloqueadas e nas interdições parciais das vias. Ainda assim, eram 46 estradas com o fluxo interrompido e 103 com atos que impediam o tráfego parcialmente na manhã desta quarta-feira (2).

A corporação já pediu o apoio da Força Nacional de Segurança e aeronaves da Polícia Federal para garantir a liberação das rodovias. Antes disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia confirmado a decisão do ministro Alexandre de Moraes que autoriza a PRF e as Polícias Militares dos estados a tomarem as medidas necessárias "para a imediata desobstrução de todas as vias públicas" bloqueadas "ilicitamente".

Em entrevista coletiva na terça, representantes da PRF disseram que as vias mais importantes para o transporte de cargas e pessoas, como aquelas localizadas perto de aeroportos e portos, têm prioridade para serem liberadas. Além disso, duas das principais preocupações na operação de desbloqueio são evitar o desabastecimento das cidades e também retirar dos atos as pessoas que não queriam estar neles e têm sido ameaçadas - segundo as palavras do agente da PRF - para permanecer nesses locais.

A corporação ressaltou que havia mulheres, crianças e idosos em muitos pontos de bloqueio, por isso existe cautela nas ações para liberar as estradas. Mesmo assim, após a tentativa de diálogo e do cumprimento de medidas judiciais, a PRF já disse que pode ser necessário o uso da força.

Desabastecimento

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informou nesta terça-feira (1º) que supermercados já enfrentam dificuldades no abastecimento de mercadorias em razão dos bloqueios realizados nas rodovias do país por caminhoneiros. Segundo a associação, cerca de 70% dos supermercados dos estados de São Paulo, do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e de Santa Catarina já registram problemas de abastecimento.

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Já a diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou medidas preventivas para evitar o desabastecimento de combustíveis em razão dos bloqueios de rodovias. O objetivo é facilitar o fluxo de produtos entre os locais de armazenamento e o consumidor final.

Além delas, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) emitiu uma nota alertando as autoridades para o impacto gerado pelos bloqueios nas rodovias do país sobre a malha aérea. Segundo a entidade, uma estimativa das empresas aéreas mostra que, caso o cenário atual se mantenha, ao longo do feriado o setor poderá sofrer com o desabastecimento de combustível.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]