O PSDB perdeu a primeira eleição para o governo de São Paulo desde o pleito de 1994. O atual governador do estado, Rodrigo Garcia, que é filiado à legenda, ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições 2022 e está fora na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. O segundo turno será disputado por Tarcísio de Freitas (Republicanos) e por Fernando Haddad (PT).
>> Acompanhe a apuração do primeiro turno das eleições 2022
O enfraquecimento político do ex-governador João Doria (PSDB) contribuiu para o desempenho de Garcia no pleito deste domingo (2). Ao longo da campanha, o atual governador chegou a afirmar que não tinha padrinho político e que era a sua trajetória que seria avaliada pelos eleitores paulistas. Garcia era vice de Doria e assumiu a gestão do estado após a renúncia dele em março deste ano. O ex-governador tentou articular a candidatura à Presidência da República, mas não conseguiu apoio. Ele, então, decidiu se retirar da vida pública e voltou a atuar na iniciativa privada.
Por outro lado, os padrinhos políticos dos candidatos do Republicanos e do PT desempenham papel importante na campanha e trazem para o plano estadual a polarização verificada no cenário nacional. O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, é o principal apoiador de Tarcísio de Freitas. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também concorre ao Palácio do Planalto, é o principal “cabo eleitoral” de Fernando Haddad.
Eleições
O último candidato eleito ao governo de São Paulo que não era do PSDB ou não estava coligado com a legenda tucana foi Luiz Antônio Fleury Filho, do PMDB. Ele venceu a eleição em outubro de 1990 e governou entre 5 de março de 1991 e 1 de janeiro de 1995.
Na sequência, Mário Covas (PSDB) foi eleito em 1994, tomou posse em 1 de janeiro de 1995 e ficou no cargo até 2001. Covas deu início a uma sucessão de governadores tucanos em São Paulo.
Depois dele, Geraldo Alckmin - à época do PSDB - venceu as eleições estaduais de 2002. José Serra ganhou em 2006. Alckmin foi o vencedor do pleito em 2010 e foi reeleito em 2014. E Doria foi eleito para o Palácio dos Bandeirantes em 2018.
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