Uma operação da Policia Federal apreendeu na tarde deste sábado (3) diversos materiais de campanha do ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) por supostas irregularidades. Moro é candidato ao Senado pelo estado do Paraná e a ação foi autorizada pela Justiça Eleitoral.
De acordo com a juíza auxiliar Melissa de Azevedo Olivas, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), os materiais de campanha do ex-juiz estavam com uma série de irregularidades. A decisão acatou um pedido da federação formada por PT, PCdoB e PV e que apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva.
Na decisão, a juíza afirma que nas redes sociais do Twitter, Instagram e no site oficial, indicados na inicial, Moro “sequer menciona o nome dos suplentes, em absoluta inobservância à legislação eleitoral”. “É evidente a desconformidade entre o tamanho da fonte do nome do candidato a senador relativamente a dos suplentes”, disse, referindo-se aos banners publicados pelo candidato nas redes.
Além disso, a magistrada alegou que a palavra “MORO” está em evidência e em tamanho “muito superior a 70% do nome dos suplentes, sendo imperiosa a remoção dos conteúdos que veiculam propaganda irregular, nas URLs indicadas no documento”.
Ainda de acordo com o TRE-PR, o material passível de apreensão é “tão somente aquele indicado na presente decisão, arquivado em Secretaria e comprovadamente em desconformidade com a legislação”. Se mantiver as propagandas em desconformidade com a Lei Eleitoral, Moro será obrigado a pagar uma multa diária de R$ 5 mil.
Moro criticou ação movida pelo partido de Lula
A apreensão dos materiais com a supostas irregularidades ocorreu na casa de Sergio Moro, pois o endereço foi o informado por ele no registro de sua candidatura como o do escritório da campanha. Entre os materiais excluídos, estão todos os vídeos do canal de Sérgio Moro do YouTube, inclusive aqueles com críticas ao ex-presidente Lula.
Pelas redes sociais, o candidato ao Senado criticou o partido do ex-presidente Lula e afirmou que não será intimidado. "Imprimir santinhos com letras dos nomes dos suplentes supostamente menores do que o devido é nada comparável aos bilhões de reais roubados durante os governos do PT e do Lula. Não me intimidarão. Repudio a tentativa grotesca de me difamar e de intimidar minha família", disse Moro.
Em nota, o PT criticou Moro e também o candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Senado no Paraná, Paulo Martins (PL). "A legislação eleitoral deve ser cumprida. Os candidatos ao Senado no Paraná, Sérgio Moro e Paulo Martins, não estão acima das regras eleitorais, assim como qualquer outra candidatura. Reafirmamos nosso compromisso com a democracia, com eleições justas e limpas. Seguimos vigilante no combate a possíveis irregularidades", disse o PT.
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