O segundo turno das eleições para os governos estaduais alterou a composição do Senado, mesmo sem a disputa de vagas para senador. Jorginho Mello (PL), eleito governador de Santa Catarina, vai renunciar do seu mandato no Congresso, abrindo caminho para que sua suplente, Ivete da Silveira (MDB) assuma uma vaga em definitivo na casa.
Mello não perde o mandato no Legislativo de forma imediata e nem tem um prazo específico para abrir mão da vaga no Congresso. Como não há regra sobre o tema, é possível que ele renuncie já nos próximos dias ou aguarde a data mais próxima até 1.º de janeiro, que é quando se inicia a nova gestão nos estados.
Com a vitória de Mello e a ascensão de Ivete, o MDB passará a ter 10 senadores. Já o PL ficará com 13 integrantes – número que ainda coloca o partido como o maior do Senado, apesar da perda de uma vaga.
Atualmente, o Senado tem três membros que eram primeiros suplentes e assumiram a cadeira após os titulares terem sido eleitos governadores em 2018. Eles são Mailza Gomes (PP-AC), Luiz do Carmo (MDB-GO) e Jean Paul Prates (PT-RN). Nenhum deles continuará no Senado em 2023.
Outros quatro senadores estavam no segundo turno da eleição deste domingo, mas todos foram derrotados: Eduardo Braga (MDB), no Amazonas; Rodrigo Cunha (União Brasil), em Alagoas; Marcos Rogério (PL), em Rondônia; e Rogério Carvalho (PT), em Sergipe.
Confira a seguir como fica a composição do Senado, por partido:
Nova senadora é ex-primeira dama
Ivete é viúva de Luiz Henrique da Silveira, que foi governador de Santa Catarina e ministro e era senador quando morreu, em 2015. Ela tem 79 anos e já ocupa o mandato no Senado desde agosto, quando Jorginho Mello se licenciou para se dedicar à campanha.
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