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Ipec presidente
O presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula.| Foto: divulgação/Band

Nesta terça-feira (27), penúltimo dia de programa eleitoral dos presidenciáveis na TV, as campanhas dos dois principais candidatos à presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apostaram na veiculação de propagandas com duras críticas um ao outro. As inserções ocorrem a cinco dias da votação em primeiro turno.

No programa da tarde, a campanha de Lula optou por reproduzir o vídeo já veiculado no sábado (25) com ataques a Bolsonaro e a integrantes e ex-integrantes do seu governo. A inserção menciona que o atual presidente “montou uma verdadeira estrutura do mal” e traz declarações polêmicas de Bolsonaro, do ministro Paulo Guedes e dos ex-ministros Ricardo Salles, Milton Ribeiro e Eduardo Pazuello. São reproduzidas também suspeitas de corrupção envolvendo Bolsonaro e ex-membros do governo.

A campanha também adjetiva Bolsonaro como “cruel” e “desumano” e “inimigo do meio ambiente”. Há, ainda, a veiculação de falas do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (PMB) de que “o bolsonarismo se corrompeu”.

Já no programa da noite, a inserção não trouxe críticas diretas a Bolsonaro, mas apostou em tom positivo destacando mais de uma vez palavras como esperança e amor. Em contraste com o tom da veiculação anterior, Lula chega a dizer que não tem “espaço para ódio e para vingança”.

O início do programa traz a locução do youtuber Felipe Neto, que nesta semana anunciou apoio à candidatura de Lula. O influenciador já foi crítico do petista, e em anos anteriores chegou a dizer que não votaria em Lula “contra qualquer candidato, sob qualquer hipótese”. “Por princípio, não voto em corrupto”, declarou Felipe Neto em 2017.

Propagandas de Bolsonaro

Já a campanha de Bolsonaro retomou, na propaganda da tarde, a inserção divulgada inicialmente em 17 de setembro, com o mote “a maior mentira destas eleições é que Lula é inocente”, na qual reforça a imagem de Lula como condenado pela Justiça.

A peça resgata trechos de falas de âncoras e analistas de grandes veículos de comunicação na época em que narraram os desdobramentos dos processos nos quais Lula foi julgado e condenado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Em outro momento, o vídeo exibe um trecho da delação de Antônio Palocci, ex-ministro da Fazenda durante o governo Lula, que em 2017 imputou crimes de corrupção ao ex-presidente e afirmou que o partido recebeu dinheiro de propina para financiar campanhas eleitorais.

Também é veiculado trecho de depoimento do empreiteiro Marcelo Odebrecht ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também em 2017, no qual ele declara que colocou R$ 300 milhões à disposição do PT entre 2008 e 2014.

Em seguida, a propaganda exibe uma fala de Lula durante o debate presidencial realizado na TV Bandeirantes no final de agosto, em que o petista afirma que foi julgado pela Justiça e considerado inocente. “Não, não foi. A pior e maior mentira desta eleição é dizer que Lula foi inocentado”, diz a locução da peça.

A propaganda da noite, que traz como mote “Você quer ser roubado de novo?”, segue a mesma fórmula, trazendo declarações de âncoras de TV anunciando os crimes de corrupção envolvendo a Petrobras ocorridos durante os governos petistas.

Uma das declarações resgatadas foi a do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, que em 2017 afirmou à Justiça que todos do PT sabiam das “contribuições” partidárias vinculadas a grandes contratos da Petrobras com empresas. “Todos sabiam. Todos do partido, desde o presidente do partido, o tesoureiro, secretário, deputados, senadores...”.

O programa também lista integrantes do PT e ex-ministros de Lula que foram presos por envolvimento em corrupção, como o ex-presidente do PT José Genoino e os ex-ministros José Dirceu, Antonio Palocci e Geddel Vieira Lima. “Quem mandava em todos eles? Luiz Inácio Lula da Silva”, diz a locução.

Os presidenciáveis ainda veicularão propagandas nas emissoras de rádio e televisão nesta quinta-feira (29), data em que se encerra o horário eleitoral gratuito da campanha do primeiro turno.

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