Saiba quem é Anthony Garotinho, que teve a candidatura ao governo do RJ suspensa após coligação com o PL.| Foto: Renato Araújo/arquivo Agência Brasil
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Anthony Garotinho chegou a ser indicado pelo União Brasil como pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro neste ano, mas o partido decidiu coligar com o PL para lançar Cláudio Castro ao cargo.

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Condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) por participar de um esquema de corrupção que desviou R$ 234,4 milhões da Secretaria de Saúde do Estado entre 2005 e 2006, Garotinho chegou a ser indicado para concorrer à eleição após o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, restabelecer os direitos políticos do ex-governador.

Antes de iniciar a carreira política, Garotinho foi radialista na Rádio Cultura de Campos dos Goytacazes e ganhou o apelido por imitar o narrador esportivo José Carlos Araújo, também conhecido por Garotinho. O ex-governador ainda trabalhou na Rádio Nacional, na Rádio Tupi AM, na Super Rádio Tupi e na Rádio Melodia, essa última voltada para o público evangélico.

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Garotinho foi eleito pelo PDT prefeito de Campos dos Goytacazes em 1988 e foi derrotado na disputa pelo Governo do Rio de Janeiro em 1994, por Marcello Alencar. Mas quatro anos depois, venceu Cesar Maia no segundo turno e foi eleito para o cargo, sendo o primeiro governador do Brasil a criar legislação para o transporte alternativo de passageiros, além de criar programas sociais como o Restaurante Popular e o Cheque Cidadão – que destinava renda a famílias que tinham rendimentos iguais ou menor que um terço do salário mínimo.

Após divergências com o presidente nacional do PDT à época, Leonel Brizola, Garotinho deixou o partido e se juntou ao PSB em 2001, com foco na eleição presidencial no ano seguinte. Com mais de 15 milhões de votos, ficou na terceira colocação do pleito, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e José Serra (PSDB).

Após a disputa presidencial, Garotinho deixou o PSB e se juntou ao PMDB. Com a esposa Rosinha Garotinho como governadora do Rio de Janeiro, assumiu a Secretaria Estadual de Segurança e ficou até o final do mandato de Rosinha. O ex-governador permaneceu no PMDB até 2009 quando deixou a legenda para ingressar no PR e ser eleito deputado federal em 2010 com 694.862 votos, maior marca no estado até os dias atuais.

Garotinho tentou retornar ao Palácio Guanabara em 2014, mas ficou em terceiro lugar na disputa e não chegou ao segundo turno contra Luiz Fernando Pezão e Marcelo Crivella.

Em 2016, o ex-governador foi preso por agentes da Polícia Federal, no âmbito da Operação Chequinho, que investigou o cadastro de 18 mil moradores de Campos dos Goytacazes no programa Cheque Cidadão em troca de votos nas eleições daquele ano. Garotinho ficou oito dias preso. Foi solto após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de conceder liberdade sob medidas cautelares e pagamento de fiança de R$ 88 mil.

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Garotinho foi novamente preso pela PF em 2017, desta vez com a esposa Rosinha, no âmbito da Operação Caixa D'Água. As investigações apontaram que a JBS firmou um contrato fraudulento com uma empresa de Macaé (RJ), na qual devia prestar serviços de informática, mas repassou cerca de R$ 3 milhões para financiar a candidatura de ambos.

O ex-governador ficou preso por 29 dias até receber um habeas corpus do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.