Milton Temer era a escolha do Psol ao governo do Rio de Janeiro até ter a pré-candidatura suspensa após o partido fechar coligação com o PSB, que lançou Marcelo Freixo ao cargo.
A divisão dentro do Psol que apoiou a candidatura de Temer foi liderada pelo deputado federal Glauber Braga, enquanto o núcleo ligado ao vereador do Rio de Janeiro, Tarcísio Motta, preferiu aguardar pela possibilidade de uma união da esquerda no estado - o que se concretizou pouco depois.
“Pra quem assinou a ficha de filiação do Marcelo (Freixo) lá em 2006, ver ele adotando um discurso liberal, contrário a nossa linha de esquerda, foi um horror. O Freixo faz uma corrida desenfreada para ser o novo Eduardo Paes. Entre o Paes original e uma possível candidatura alternativa no mesmo campo, a esquerda tem que ter candidato próprio”, disse Milton Temer em entrevista ao O Globo, em janeiro deste ano.
Jornalista por formação, Temer trabalhou em veículos de imprensa na cobertura política. Em 1973, se exilou na Europa durante a Ditadura Militar e retornou ao país cinco anos depois, recebendo a anistia em 1985.
Temer se filiou ao PT em 1988 e foi eleito para um mandato como deputado estadual constituinte (1987-1991) e dois como deputado federal (1995 a 2003). Após dissidências dentro da legenda, o parlamentar deixou o partido e auxiliou na fundação do Psol e, com a agremiação, disputou as eleições para o governo do Rio de Janeiro em 2006 e ao Senado Federal em 2010, sendo derrotado em ambas oportunidades.
Em 2018, o ex-deputado foi condenado por injúria, após realizar uma postagem nas redes sociais em que chamou a vereadora do Rio de Janeiro Teresa Bergher (Cidadania) de “nazi-sionista”, em alusão a religião judaica da parlamentar. Temer apagou o texto, mas foi condenado pela juíza Tula Corrêa de Melo, da 20ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, a dois anos de reclusão, convertidos em prestação de serviços à comunidade.
“Lamentavelmente, a despeito de o promotor no seu pronunciamento final ter recomendado a absolvição, estou pagando o preço pela solidariedade ao povo palestino contra a opressão a que é submetido pela ocupação de seu território pelo exército sionista de Israel. Uma ocupação terrorista que presenciei pessoalmente quando deputado federal em comissão especial que visitou a Cisjordânia, por ocasião do cerco a Arafat na casa de governo na cidade de Ramallah”, declarou Temer em nota divulgada na época.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo
Deixe sua opinião