Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que 156.454.011 eleitores estão aptos a votar em 2 de outubro, data do primeiro turno das eleições de 2022. Esse número representa 6,21% de aumento no eleitorado em comparação com 2018, quando 147.306.275 pessoas estavam habilitadas a votar.
A maior parte deste universo é formada por mulheres. São 82.373.164 eleitoras, que correspondem a 52,65% do total. Os homens compõem 47,33% dos votantes aptos a participarem dessa eleição, com 74.044.065 de pessoas.
Também nesta eleição, 37.646 votantes terão o nome social no título de eleitor, segundo o TSE. A inclusão do nome pelo qual o eleitor prefere ser designado é um direito de transgêneros, transexuais e travestis desde 2018.
Um a cada cinco eleitores do país reside em São Paulo
Os eleitores brasileiros estão dispersos em 5.570 cidades no Brasil e 181 municípios no exterior. Dentro dessas localidades, a votação será realizada em 496.512 seções eleitorais distribuídas em 2.637 zonas eleitorais.
O estado de São Paulo é o maior colégio eleitoral do Brasil, com 22,16% de todos os eleitores – um a cada cinco votantes do país reside lá. Na sequência aparecem os estados de Minas Gerais, com 10,41% dos eleitores, e o Rio de Janeiro, com 8,2%.
Já os estados com menos eleitores estão localizados na região Norte. Roraima corresponde a 0,23% dos votantes nacionais. Amapá (0,35%) e Acre (0,38%) vêm na sequência.
Esses números fazem com que a região Sudeste concentre 42,64% do eleitorado nacional, seguido pelas regiões Nordeste (27,11%), Sul (14,42%), Norte (8,03%) e Centro-Oeste (7,38%).
Entre os municípios, São Paulo lidera a lista com mais votantes, tendo 9.314.259 pessoas aptas a votar. Na sequência aparecem Rio de Janeiro (5.002.621), Brasília (2.203.045), Belo Horizonte (2.006.854) e Salvador (1.983.198).
Em contrapartida, os menores colégios eleitorais estão nas cidades de Borá (SP), com 1.040 eleitores, Araguainha (MT,1.042 eleitores), Serra da Saudade (MG, 1.107), Engenho Velho (RS, 1.213) e Anhanguera (GO, 1.234)
10% dos votantes completaram o ensino superior
A análise da escolaridade dos votantes brasileiros aponta que 10,95% (17.127.128) declararam ter o ensino superior completo. Outros 5,38% (8.409.644) afirmaram que não terminaram a graduação.
A maior parcela dos eleitores se concentra entre os que possuem ensino médio completo: 26,31% dos votantes nacionais, equivalentes a 41.161.552 pessoas. Já as pessoas com ensino médio incompleto equivalem a 16,65% do eleitorado (26.049.309).
Os eleitores com ensino fundamental incompleto somam 22,97% de todo o eleitorado (35.930.401) – nos pleitos de 2014 e 2018, eles representavam a maior fatia do eleitorado. Já os votantes com ensino fundamental completo somam 6,25% do total (10.197.034), os eleitores que sabem ler e escrever equivalem a 7,16% do total (11.206.893), enquanto os analfabetos somam 4,05% (6.339.894).
Número de eleitores de 16 e 17 anos cresce 51%
Na divisão por faixa etária, os eleitores com idade entre 25 e 44 anos representam 40,72% dos eleitores brasileiros, enquanto os votantes entre 45 e 69 anos somam 36,03%. Já os eleitores de 16 a 24 anos são 13,74% e os maiores de 70, 9,52%
As maiores mudanças percebidas em relação ao eleitorado de 2018 ocorreram nas faixas de idade em que o voto não é obrigatório. O número de eleitores com 16 e 17 anos cresceu 51,13% em comparação com as eleições de 2018: de 1.400.617 para 2.116.781. Agora, eles representam 1,3% do total do eleitorado brasileiro.
Somente entre janeiro e abril de 2022 foram registrados cadastros eleitorais de 2.042.817 jovens. A Justiça Eleitoral realizou ações para incentivar esse público a participar das eleições, que neste ano ocorrem em 2 de outubro. A Semana do Jovem Eleitor, por exemplo, contou com a participação de influenciadores digitais, clubes de futebol, cantores, entre outros, para divulgar a importância do voto.
Outro crescimento foi registrado entre os eleitores com 70 anos ou mais. Os votantes dessa faixa etária somavam 12.028.608 em 2018 e saltaram para 14.893.281 em 2022, registrando crescimento de 23,82% no período.
No Brasil, o voto é facultativo para jovens de 16 e 17 anos, idosos com mais de 70 anos e analfabetos.