Fernando Haddad é a aposta do PT para o governo do estado de São Paulo que tem Lúcia França (PSB) como vice da chapa. Ela é esposa de Márcio França (PSB), que acabou disputando o Senado após seu partido fechar coligação com o petista.
Esta é a quarta eleição que Haddad participa, sendo que saiu vitorioso em apenas uma das anteriores. Na primeira, em 2012, saiu se tornou prefeito de São Paulo.
Na segunda, perdeu a reeleição para João Doria (PSDB). E, na terceira, assumiu a cabeça de chapa da candidatura petista à presidência na metade da campanha eleitoral de 2018, mas acabou perdendo para o então candidato do PSL, Jair Bolsonaro (atualmente no PL).
Haddad, porém, iniciou sua vida pública anos antes de se candidatar a um cargo eletivo. Já foi chefe de gabinete da Secretaria de Finanças da capital paulista na gestão de Marta Suplicy de 2001 a 2003 e, em seguida, assessor especial do Ministério do Planejamento, na época comandado por Guido Mantega.
Mas, foi no Ministério da Educação que seu nome passou a ser mais conhecido, ao promover programas como o ProUni, que concede bolsas de estudo em universidades privadas para estudantes de baixa renda. Contudo, sua gestão também foi marcada por algumas crises, como uma série de falhas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) entre 2009 e 2011, anos em que houve roubo da prova, divulgação errada de um gabarito e erros na impressão.
Haddad ficou no comando do Ministério da Educação de 2005 a 2012, período em que se aproximou dos ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Ele deixou o cargo naquele ano para disputar a eleição municipal de São Paulo e, com Lula em seu palanque, venceu a disputa contra o tucano José Serra no segundo turno, com 55,57% dos votos válidos.
No seu governo foi criada a Controladoria Geral do Município (CGM), que revelou a “máfia do ISS” – escândalo de corrupção no qual fiscais davam descontos em certificados de obras em troca de propina. Haddad também renegociou a dívida do município com a União, com um abatimento de cerca de 40%.
O petista, porém, conseguiu cumprir apenas 67 das 123 metas propostas em campanha, segundo levantamento do jornal Folha de S. Paulo. Ao fim de seu mandato, a aprovação da gestão era baixa entre os paulistanos – segundo uma pesquisa do Datafolha na época, 48% a consideravam ruim ou péssima.
O crescimento do antipetismo devido aos escândalos de corrupção do Petrolão também contribuiu para que, em 2016, ao tentar a reeleição, Haddad fosse derrotado por João Doria ainda no primeiro turno.
Dois anos depois, ele foi o escolhido do PT para substituir Lula na corrida presidencial, já que o ex-presidente havia sido condenado e preso por corrupção e não poderia concorrer. Seu nome como candidato a presidente foi anunciado apenas em setembro, um mês depois do começo da campanha.
Isso e o debate em torno da prisão do ex-presidente fez com que Haddad fosse visto por muitos eleitores como um “poste” ou uma “sombra” de Lula, o que contribuiu para a sua derrota em uma eleição marcada pela agenda do combate à corrupção.
Haddad também é um acadêmico. É professor de ciência política da Universidade de São Paulo (USP), instituição pela qual se graduou em direito, e escreveu cinco livros, todos de cunho socialista: "O Sistema Soviético", "Em Defesa do Socialismo", "Desorganizando o consenso", "Sindicatos, cooperativas e socialismo" e "Trabalho e linguagem”.
Ficha do candidato
- Nome: Fernando Haddad
- Vice: Lúcia França (PSB)
- Partido: PT
- Idade: 59 anos
- Data de nascimento: 25/01/1963
- Ocupação: acadêmico e advogado
- Grau de Instrução: Superior completo
- Estado Civil: Casado
- Município de nascimento: São Paulo/SP
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