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Tarcísio e Haddad alternam entre propostas para São Paulo e menções a Lula e Bolsonaro
Fernando Haddad (PT) e Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) em debate realizado pela Band.| Foto: Reprodução TV Bandeirantes

Mais do que uma eleição local, a disputa de segundo turno pelo governo de São Paulo tem impacto, também, nas eleições para presidente. Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), e Fernando Haddad (PT), aliado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), concorrem ao Palácio dos Bandeirantes com a imagem colada à de seus padrinhos.

Bolsonaro e Tarcísio largaram na frente no estado, que é o maior colégio eleitoral do país. No primeiro turno, o presidente teve 47,71% dos votos em São Paulo, enquanto Tarcísio marcou 42,32% na disputa pelo governo. De outro lado, Lula, que teve 40,89% dos votos para presidente, e Haddad, com 35,70% para governador, tentam virar o jogo.

Um dos elementos importantes durante a campanha do segundo turno são as alianças atraídas pelos dois candidatos. Haddad já havia costurado apoios importantes antes da primeira etapa do pleito. Tarcísio, por sua vez, conseguiu angariar mais alianças relevantes depois de liderar a disputa na primeira etapa.

Quem apoia Tarcísio

A aliança de maior peso neste segundo turno foi a de Rodrigo Garcia (PSDB), atual governador do estado que também disputava a eleição. No primeiro turno, Garcia teve 18,40% dos votos.

Apenas dois dias após o pleito, o tucano anunciou “apoio incondicional” a Bolsonaro e Tarcísio. O candidato do Republicanos, entretanto, já afirmou que não levará Garcia a eventos de campanha. “Eu preguei mudança o tempo todo. Não faz sentido estar com eles [tucanos] no palanque”, disse.

Haddad minimizou o posicionamento do governador, dizendo que ele é “recém-chegado” ao PSDB. “Não tem a tradição do Fernando Henrique Cardoso e do Mario Covas. Tanto que o Fernando Henrique declarou apoio a Lula, assim como o [José] Serra, o Aloysio Nunes. O Alckmin saiu do PSDB para ser vice da chapa [do Lula]. O PSDB histórico, que ajudou a construir a Constituição de 1988, vai ficar e está com Lula”, disse o petista.

O senador José Serra (PSDB), no entanto, fez uma combinação própria, declarando voto em Lula e Tarcísio, não em Haddad.

Também se pronunciaram a favor do candidato do Republicanos o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, reeleito deputado federal.

Se juntam ao time de alianças Vinicius Poit (Novo) – que concorreu ao governo no primeiro turno, obtendo 1,67% dos votos – e as legendas União Brasil, PP e Podemos.

Além disso, antes do segundo turno, Tarcísio já havia fechado uma importante aliança com Gilberto Kassab (PSD), figura relevante na articulação política com prefeitos do interior. A estratégia surtiu efeito: na primeira etapa do pleito, Tarcísio dominou o interior paulista, enquanto Haddad ganhou na capital. Também foi o PSD que indicou o vice de Tarcísio, Felicio Ramuth.

As alianças de Haddad

De outro lado, o PT já havia construído alianças importantes antes do primeiro turno, o que limitou opções na segunda etapa do pleito.

Os petistas conseguiram, por exemplo, que Márcio França (PSB) retirasse sua candidatura ao governo para concorrer ao Senado. França teve 36,27% dos votos, mas perdeu a eleição para Marcos Pontes (PL), aliado de Bolsonaro, que teve 49,68%. A esposa de França, Lúcia França, é vice de Haddad.

Ainda no primeiro turno Haddad e Lula também conseguiram o apoio de Marina Silva (Rede), ex-ministra que concorria a deputada federal por São Paulo, tendo sido eleita com 237.526 votos. Outro apoio importante é o de Guilherme Boulos (Psol), deputado mais votado do estado, com mais de um milhão de votos.

Na segunda etapa da eleição, Haddad conta, ainda, com o apoio do PDT e do Solidariedade. O ex-candidato pedetista Elvis Cezar, que fez 1,21% dos votos na eleição para governador, ainda não declarou apoio a nenhum candidato no segundo turno da disputa estadual.

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