Abraham Weintraub chegou a ser lançado como pré-candidato do PMB ao governo de São Paulo, mas acabou saindo para a disputa à Câmara dos Deputados pelo estado.
Ele começou sua trajetória na política ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2018, participando da criação do programa de governo do então presidenciável. Na transição de governo, trabalhou na equipe econômica de Paulo Guedes.
Em 2019, nos primeiros meses da nova administração, Weintraub foi secretário-executivo da Casa Civil e, já em abril, foi elevado ao cargo de ministro da Educação, após a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez.
A gestão de Weintraub na pasta foi marcada por controvérsias. Adepto às ideias do filósofo conservador Olavo de Carvalho, Weintraub prometeu lutar contra a influência do marxismo cultural nas universidades públicas e não poupou críticas ao método de ensino Paulo Freire na alfabetização.
Também deu início ao programa das escolas cívico-militares e fez mudanças na concessão de bolsas da Capes, fundação do governo responsável pela expansão dos cursos de pós-graduação, incluindo critérios de meritocracia para que cursos com melhor avaliação fossem mais beneficiados.
Suas declarações, porém, acabaram gerando um desgaste político, inclusive com outros poderes. Em um episódio, durante um debate entre ministros do governo sobre as medidas de isolamento da pandemia adotadas por prefeitos e governadores, Weintraub disse que “eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando pelo STF”.
Também chegou a ser investigado por suposto racismo contra chineses, após insinuar que a China poderia se beneficiar de propósito da crise causada pela Covid-19 – o caso, posteriormente, foi arquivado. Esses desgastes levaram à demissão de Weintraub do ministério em junho de 2020, um ano e dois meses depois de sua nomeação.
Fora do governo, o ex-ministro da Educação se tornou um crítico de Bolsonaro, tendo como alvo principal a aliança do governo com o “Centrão”. Em fevereiro, ele se filiou ao PMB (partido que não conseguiu alterar o nome para Brasil 35) e, em entrevista à Gazeta do Povo, então como pré-candidato, afirmou ser o novo “líder da direita e dos conservadores” e prometeu transformar São Paulo no “Texas brasileiro”, ao falar sobre segurança pública e defender a unificação das polícias militar e civil no estado.
Antes de ingressar na política, Abraham Weintraub trabalhou no mercado financeiro por mais de 20 anos. Formado em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo, foi sócio na Quest Investimentos, atuou como diretor do Banco Votorantim e no comitê de trading da BM&F Bovespa (atual B3). Depois que deixou o Ministério da Educação, tornou-se diretor-executivo do Banco Mundial, cargo que deixou em abril para disputar as eleições.
Ficha do candidato
- Nome: Abraham Weintraub
- Partido: PMB
- Idade: 50 anos
- Data de nascimento: 11/10/1971
- Ocupação: Economista
- Grau de Instrução: Superior completo
- Estado Civil: Casado
- Município de nascimento: São Paulo/SP
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