O candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse defendeu a liberação da compra de armas por pessoas legalmente habilitadas, afirmou que irá estudar uma eventual privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) logo no primeiro dia de governo, caso seja eleito, e afirmou ainda que não aceitará indicações meramente políticas para cargos dentro do governo paulista. Ele participou de uma sabatina promovida pela Rádio Eldorado e pelo Estadão nesta terça-feira (25).
Ao falar sobre o caso envolvendo o ex-deputado Roberto Jefferson e sobre sua opinião favorável ao porte de armas em São Paulo, Freitas negou que a liberação de armas gere qualquer clima de insegurança. “A questão da liberação das armas foi discutida em um plebiscito que ocorreu em 2005. A sociedade naquele momento optou pela liberdade (...) Eu tenho defendido sempre a liberdade. A liberdade do cidadão de poder ter a posse da arma de fogo. Poder ter uma arma de fogo em casa e até mesmo o porte, atendendo determinados requisitos legais. Os resultados são interessantes (no pais). Tivemos uma redução muito forte das invasões de terra e homicídios”, disse Tarcísio.
“No caso do Roberto Jefferson, a gente percebe que ele estava numa situação de irregularidade. Entendo que a gente não pode comparar aquele que está fora da lei com aquele que está dentro da lei. O que aconteceu (no caso do Roberto Jefferson) é absolutamente lamentável sob todas as dimensões, primeiro pelo ataque a uma ministra do Supremo Tribunal Federal, não se pode atacar uma autoridade, e pela reação à ordem de prisão. Quem ataca a política é bandido”, disse.
Privatização da Sabesp
Questionado sobre uma eventual privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Tarcísio afirmou que pretende melhorar os serviços da empresa e que esse é um caminho possível. “Pretendo realmente melhorar a prestação de serviço, diminuir o tempo para a universalização da prestação de serviço de saneamento, de coleta e tratamento de esgoto e fazer mais investimento para garantir segurança hídrica. (...) Quero que o cidadão pague menos. Enxergo na privatização um caminho possível”, afirmou o candidato. “Vou estudar a privatização desde o primeiro dia. Se eu chegar a conclusão que a privatização vai promover esse objetivo, vamos seguir com ela”, disse.
Indicações políticas no governo
Ao comentar sobre a participação que o PSDB teria em seu governo, em caso de vitória, e qual seria o papel do presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua gestão, Tarcísio afirmou que suas indicações para cargos serão técnicas e que Bolsonaro não iria interferir em seu governo. “Qual vai ser a participação do presidente (Bolsonaro) no governo Tarcísio no estado de São Paulo? Nenhuma. O governo vai ser meu. Vou trabalhar, caso seja eleito, pra montar um secretariado técnico, absolutamente técnico”, disse. “Toda vez que a gente fez aliança com algum partido, deixei bem claro que não estou oferecendo cargos para ninguém. Posso acolher uma indicação, desde que aquela indicação tenha densidade técnica, conhecimento de causa e do assunto”, declarou.
De político estudantil a prefeito: Sebastião Melo é pré-candidato à reeleição em Porto Alegre
De passagem por SC, Bolsonaro dá “bênção” a pré-candidatos e se encontra com evangélicos
Pesquisa aponta que 47% dos eleitores preferem candidato que não seja apoiado por Lula ou Bolsonaro
Confira as principais datas das eleições 2024