O Tribunal Contas da União (TCU) vai realizar um processo de auditoria em tempo real de 540 urnas no dia da eleição. O vice-presidente da Corte de contas, ministro Bruno Dantas, esclareceu nesta segunda-feira (26) que a checagem vai acontecer em duas etapas. A divulgação da apuração conduzida pelo TCU só deve acontecer caso haja contestação dos resultados da apuração oficial feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No último dia 16, a Corte de contas havia anunciado uma inspeção em 4.161 urnas. Este processo deverá durar um mês e a divulgação dos resultados será feita em novembro. Dantas se reuniu nesta segunda com o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, para discutir as duas etapas da fiscalização. “Não estamos fazendo apuração, exatamente por isso não divulgaremos números e não divulgaremos essa checagem imediatamente”, disse Dantas a jornalistas após o encontro.
A primeira etapa, que ocorrerá no dia 2 de outubro, envolverá 111 auditores do TCU. Dois auditores irão cada um a dez seções eleitorais em cada estado e, no total, vão recolher 20 boletins de urna por unidade da federação, totalizando 540 urnas em todo o país, informou o Valor Econômico. Os auditores enviarão os boletins para a sede do TCU, onde os dados serão comparados aos do TSE.
Segundo Dantas, a iniciativa de auditar as urnas no dia da eleição foi tomada pelos próprios auditores da Corte de contas. "O objetivo é verificar com mais rapidez a higidez de todo o sistema", disse Dantas.
A segunda etapa vai analisar 4.161 urnas, que serão selecionadas por sorteio, com base em estudos estatísticos. O vice-presidente do TCU negou que a iniciativa será uma “apuração paralela” em contraponto à checagem de 385 urnas que será realizada pelo Ministério da Defesa. “Não temos intenção de contrapor quem quer que seja, mas se houver divergência, sabemos quais critérios que nossos auditores seguiram”, afirmou Dantas.
“Auditorias são coisas sérias, não é na base do voluntarismo. Exige método, auditor capacitado e habilitado, e com procedimentos que vão dar base ao relatório final”, disse o ministro. “Nunca iniciamos uma auditoria com a certeza que o resultado será positivo. O que orienta é uma dúvida, mas uma dúvida metodológica e estruturada em procedimentos que são reconhecidos cientificamente como válidos”, ressaltou.
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