O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta segunda-feira (3) sua confiança "de que 60% do povo brasileiro rejeitou" o governo Bolsonaro no primeiro turno das eleições. O petista comentou o resultado das eleições e defendeu o diálogo intenso com todas as forças políticas para garantir a vitória no segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) no próximo dia 30.
"Neste instante, nós temos confiança de que 60% do povo brasileiro rejeitou esse governo. Rejeitou nas eleições. É importante lembrar que pela primeira vez alguém que exercendo o cargo de presidente perde no primeiro turno. E vai perder muita mais feio no segundo [turno], porque nossa distância vai aumentar muito", disse Lula.
Com 99,99% das urnas apuradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula ficou 48,43% dos votos válidos contra 43,20% de Bolsonaro. O petista teve 57.259.405 votos neste domingo (2), já o atual presidente conseguiu 51.072.234.
O ex-presidente afirmou que ele e o PT são "especialistas em ganhar eleições no segundo turno". "Eu estou convencido de que nós apenas retardamos um pouco [a vitória], talvez por culpa nossa mesmo", ressaltou. O ex-presidente disse a seus apoiadores que "a partir de amanhã é menos conversa entre nós e mais conversa com o eleitor".
"Vamos conversar com todas as forças políticas que tenham voto e representatividade para que a gente consiga somar num bloco os democratas contra aqueles que não são democratas", afirmou.
Articulação por apoio de presidenciáveis
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disse que espera conversar com os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) e seus partidos.
"Nós já tivemos contato com o PDT, com o presidente do PDT, o [Carlos] Lupi, já chamamos para uma conversa, senti muita disposição para conversar. Dissemos a ele que gostaríamos muito de ter o Ciro Gomes na nossa campanha e aqui a avaliação é unânime em relação a isso", afirmou a deputada.
"Já conversamos também com o MDB… Queremos ter muito a Simone [Tebet] na nossa campanha, até pelo que ela representa na defesa da democracia. Estamos conversando com o União Brasil, queremos ter a Soraya [Thronicke] junto conosco. E vamos procurar também o PSDB", completou Gleisi.
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