O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta terça-feira (6) o registro de candidatura da senadora Soraya Thronicke (União-MS) à Presidência da República e a do candidato a vice-presidente Marcos Cintra. A decisão torna ambos aptos a disputar a eleição no próximo dia 2 de outubro, data do primeiro turno.
Não houve contestação à candidatura e o Ministério Público Eleitoral deu parecer favorável, constatando a inexistência de condenações criminais e o atendimento a requisitos formais como filiação partidária, prova de domicílio eleitoral e quitação eleitoral.
Na mesma sessão, o TSE aprovou a candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) e barrou o registro do presidenciável Pablo Marçal, que teve a candidatura retirada pelo partido, o Pros.
Thronicke foi lançada como candidata somente no início de agosto, após o presidente do União Brasil, o deputado Luciano Bivar (PE), desistir de concorrer ao cargo e descartar uma aliança com a chapa Lula-Alckmin (PT-PSB). Antes, uma ala minoritária do partido cogitava lançar como candidato à Presidência o ex-juiz Sergio Moro, plano também abortado.
Com a candidatura de Thronicke, pela primeira vez na história das eleições no Brasil, a disputa presidencial irá contar com quatro mulheres concorrentes – Simone Tebet (MDB), Vera Lúcia (PSTU) e Sofia Manzano (PCB) também concorrem ao cargo.
Quem é Soraya Thronicke
Candidata da chamada “terceira via” – fora da polarização formada entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a senadora tem como principais ativos de campanha o tempo de propaganda na TV (2 minutos e 10 segundos por bloco) e o limite de até R$ 88,9 milhões do Fundo Eleitoral para promover seu nome.
Thronicke defende um governo de economia liberal e pautado sem distinção para esquerda ou direita. "Os problemas da população não diferem se a pessoa é de direita ou de esquerda. A intenção é falar para todos os brasileiros e brasileiras", declarou, durante o lançamento da candidatura.
A carreira política de Thronicke começou em 2018, quando foi eleita senadora pelo PSL no Mato Grosso do Sul, com 373.712 votos. A parlamentar iniciou o mandato na base governista, sendo nomeada vice-líder do governo na Casa.
Mas a relação entre a senadora e a base governista já não é mais a mesma. A parlamentar decidiu permanecer no PSL, após a saída do presidente Jair Bolsonaro do partido, e durante a CPI da Covid foi uma das principais críticas da condução do governo no combate à doença.
Thronicke é advogada e sócia de um escritório de advocacia em Campo Grande, atuando na área de Direito de Família e Sucessões. A senadora tem especialização nos segmentos de Direito Empresarial e Direito Tributário.
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