Centro e direita disputarão os votos no segundo turno, em BH, com Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD)| Foto: Fotomontagem/Gazeta do Povo (Lucas Mendes/Campanha Bruno Engler e Júnia Garrido/Campanha Fuad Noman)
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A executiva do Republicanos já inicia os primeiros movimentos de apoio para o segundo turno em Belo Horizonte (MG), que será disputado entre Bruno Engler (PL) e o atual prefeito Fuad Noman (PSD). Os dois saíram vitoriosos na disputa eleitoral deste domingo (6) contra o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos), que vinha liderando as intenções de voto, mas perdeu fôlego na reta final da campanha e ficou em terceiro lugar.

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Com 100% das urnas apuradas, Engler obteve 34,38% do resultado nas urnas (435.853 votos) e Noman 26,54% (336.442 votos). Em terceiro lugar ficou Mauro Tramonte (Republicanos), com 15,22% (192.991 votos). Em seguida vieram Gabriel Azevedo (MDB), com 10,55% (133.728 votos); Duda Salabert, com 7,68% (97.315 votos); Rogério Correia (PT), com 4,37% (55.393 votos); Carlos Viana (Podemos), com 1% (12.712 votos); e Indira Xavier (UP), com 0,19% (2.462 votos).

O presidente do Republicanos em Belo Horizonte, deputado federal Gilberto Abramo, disse que a decisão sobre apoio no segundo turno ainda não está acertada. "Amanhã (segunda-feira), a executiva estará reunida e nós, ainda, estaremos tomando uma decisão, logicamente que a presença do Mauro Tramonte é fundamental nessa decisão", disse Abramo no domingo (6). Já pensando em 2026, o Republicanos deve se decidir pelo apoio a Engler. O partido tem o nome do senador Cleitinho pleiteando o governo do estado.

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De acordo com o cientista político Lucas Zandona, Engler terá um reforço na disputa do segundo turno com uma presença maciça do deputado federal Nikolas Ferreira e também de uma grande ala de apoiadores do Bolsonaro. "Nós vamos ter um radicalismo nos dois candidatos concorrentes dentro dessa perspectiva de uma vertente política completamente distinta. Eu imagino que esse debate para o segundo turno vai deixar o eleitor um pouco chateado com mais ataques, ataques pessoais e menos propostas", avalia.

Engler contou com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que esteve em Belo Horizonte no início de setembro, em evento com Flávio Bolsonaro (PL), Nikolas Ferreira (PL) - um dos principais cabos eleitorais do candidato do PL-, o senador Cleitinho (Republicanos), do mesmo partido de Tramonte, e também do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que participou, no último dia de campanha, de uma carreata ao lado de Engler, Nikolas e Cleitinho.

Noman, que tenta a reeleição, começou a disputa quase como um desconhecido pelos eleitores belo-horizontinos. Com o início da propaganda eleitoral, o prefeito utilizou o tempo na propaganda da TV para se "apresentar" ao eleitorado da capital. Ele assumiu a prefeitura de BH em 2022, após o ex-prefeito Alexandre Kalil (sem partido) deixou o comando municipal para disputar o governo de Minas, tendo sido derrotado pelo governador Romeu Zema (Novo). Noman e Kalil estiveram em lados opostos nesta disputa eleitoral, tendo o ex-prefeito de Belo Horizonte colecionando mais uma derrota seguida, já que seu candidato, Tramonte, não conseguiu chegar ao segundo turno.

Para Lucas Zandona Guimarães, cientista político e professor da Estácio Belo Horizonte, Noman tem as credenciais para sair na frente no segundo turno. “Ele sai na frente pelo apoio político que possa angariar, sobretudo da centro-esquerda. Então, nós temos que ver aí, na sua própria entrevista (após o resultado do primeiro turno), estava o ministro Alexandre Silveira, deputados estaduais, e realmente ele deixou uma porta aberta com o PT. O deputado Reginaldo Lopes (PT) já foi cumprimentá-lo pela eleição ao segundo turno, e isso realmente deve resultar num espectro político de mais apoio do que o Bruno Engler”, observa Zandona.