Eleitores foram às urnas neste domingo (6) para o primeiro turno.| Foto: Infografia/Gazeta do Povo
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O candidato Arthur Henrique (MDB) foi reeleito prefeito de Boa Vista (RR) neste domingo (6). Com 100% das seções totalizadas, ele somou 75,18% dos votos válidos (133.180 votos).

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Catarina Guerra (União Brasil) atingiu 22,81% (40.410 votos); Mauro Nakashima (PV) teve 1,17% (2.066 votos); e Lincoln Freire (PSOL), 0,85% (1.501 votos).

Arthur Henrique, 42 anos, está cumprindo o primeiro mandato como prefeito. Para a eleição de 2024, tem como vice o tenente-coronel Zeitoune (PL). Ele faz parte da coligação Boa Vista Para Todos, que inclui os partidos MDB, PL, DC e a Federação PSDB-Cidadania.

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Natural de Boa Vista, Arthur Henrique trabalhou em multinacionais da área de tecnologia e começou na vida pública em 2013, na Secretaria Extraordinária de Inclusão Digital. Em 2016, foi eleito vice-prefeito na chapa com Teresa Surita (MDB).

Eleição teve dois candidatos do União Brasil

Na maior parte da campanha eleitoral, a disputa pela prefeitura de Boa Vista teve cinco candidatos, sendo que o União Brasil tinha dois postulantes ao cargo: Catarina Guerra e o deputado federal Nicoletti. Ele foi confirmado candidato à prefeitura em convenção municipal do União Brasil realizada em 3 de agosto. Já a escolha de Catarina Guerra para a prefeitura foi uma determinação da Executiva Nacional do União Brasil. A decisão ocorreu em 6 de agosto - após o diretório municipal apontar Nicoletti como candidato escolhido pelos filiados.

Em 1º de setembro, a candidatura de Catarina Guerra foi deferida. No entanto, Nicoletti entrou com recurso. No julgamento, o Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) decidiu retirar o União Brasil da disputa para a prefeitura de Boa Vista. A candidata então entrou com pedido liminar no TSE, para se manter na disputa eleitoral.

Em decisão de 12 de setembro, o ministro Kassio Nunes Marques aceitou o pedido para que Catarina fosse candidata e manteve “a intervenção no órgão municipal do União Brasil em Boa Vista/RR e a decretação da nulidade da convenção partidária”.

Suspeita de compra de voto na cidade teve prisão de marido de deputada

Renildo Evangelista Lima, marido da deputada federal Helena da Asatur (MDB), foi preso, em 9 de setembro, em ação da Polícia Federal (PF) em Boa Vista, por suspeita de crime eleitoral. Ele estava com outras cinco pessoas que também foram detidas.

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“Durante a busca, foram encontrados R$ 500 mil, material de campanha e documentos que confirmavam o destino do dinheiro apreendido”, afirma a PF. Parte desse dinheiro estava na cueca de Renildo Lima.

Nas eleições de 2024, a deputada federal apoiou o candidato Arthur Henrique à reeleição. Pelas redes sociais, a parlamentar contestou a prisão do marido e afirmou que era "pura ignorância" considerar a movimentação do próprio dinheiro como "sinônimo de compra de votos".

"Agora, devemos fechar as empresas em período eleitoral? Só o que faltava”, acrescentou ela. Renildo Evangelista Lima foi posto em liberdade no dia seguinte à prisão.

Após o resultado das eleições em Boa Vista, quais os desafios que o novo prefeito deve enfrentar

A nova composição da prefeitura de Boa Vista enfrentará uma série de desafios. Pesquisa Quaest divulgada em 27 de agosto apontou os principais problemas da cidade, segundo os eleitores. Na liderança, está a área da saúde. De acordo com o levantamento, 36% dos entrevistados apontou essa área como o principal desafio de Boa Vista.

A segurança aparece em segundo lugar com 13%, seguida por ruas mal cuidadas (11%), problemas econômicos (9%), infraestrutura básica (6%) e educação (5%). Resolução de problemas relacionados a enchentes, corrupção e questões sociais aparecem com o índice de 3% cada.

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Em ranking elaborado pela Gazeta do Povo sobre as melhores cidades para se morar no país, a capital de Roraima aparece na 3.255ª posição, entre as mais de 5,5 mil cidades brasileiras. O levantamento inclui 10 categorias diferentes, e utiliza um total de 21 indicadores. Alguns deles, por serem mais relevantes, ganharam peso maior no cálculo da nota final de cada cidade. As categorias analisadas foram educação, taxa de homicídio, saúde, economia, infraestrutura, expectativa de vida, mortes no trânsito, suicídio, cultura, famílias em situação de rua.

*Metodologia: 704 entrevistados pela Quaest entre os dias 24 e 26 de agosto de 2024. A pesquisa foi contratada pela Rádio TV do Amazonas Ltda/ Rede Amazônica Rádio e Televisão. Confiança: 95%. Margem de erro: 3,7 pontos percentuais. Registro no TSE: RR-01685/2024.