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Depois de jogar dinheiro para a população, o candidato a prefeito de Coari (AM) Dr. Raione Cabral (Mobiliza) foi preso pela Polícia Federal em flagrante por corrupção eleitoral.
Depois de jogar dinheiro para a população, o candidato a prefeito de Coari (AM) Dr. Raione Cabral (Mobiliza) foi preso pela Polícia Federal em flagrante por corrupção eleitoral.| Foto: Reprodução / YouTube / Portal do Holanda Mídias

O candidato a prefeito de Coari (AM) Dr. Raione Cabral foi preso em flagrante por agentes da Polícia Federal (PF) após jogar dinheiro para a população em uma praça da cidade, localizada a cerca de 330 km de distância de Manaus. A princípio, os policiais federais identificaram na conduta de Cabral uma infração ao art. 299 do Código Eleitoral, que tipifica o crime de corrupção eleitoral e compra de votos.

A prisão ocorreu na manhã desta quarta-feira (2), logo após o candidato subir na base da estátua do Cristo Redentor, na Praça Getúlio Vargas. Vídeos postados em redes sociais mostram uma grande aglomeração de pessoas logo abaixo de onde o candidato estava. Cabral retira os maços de dinheiro de uma bolsa e joga as cédulas para a população.

Veja o momento em que o candidato Dr. Raione Cabral (Mobiliza) joga dinheiro para a população em Coari (AM):

Equipe da PF já estava em Coari investigando possíveis crimes eleitorais

A Superintendência da PF no estado do Amazonas confirmou à Gazeta do Povo que uma equipe completa, com delegado e investigadores, estava na cidade investigando possíveis crimes eleitorais na região. Após terem recebido a denúncia, os agentes rapidamente foram até o local e prenderam o candidato em flagrante. Ao ser conduzido pelos policiais federais, Cabral acenou para as pessoas.

A princípio, informou a PF, o candidato deve ser autuado por corrupção eleitoral. Mas os investigadores ainda estariam analisando os fatos para tentar identificar outros possíveis crimes cometidos por Raione Cabral. A reportagem está tentando contato com a defesa do candidato.

Coari foi um dos municípios a solicitar o envio das Forças Federais para auxiliar na segurança durante a votação nas eleições 2024. Ao autorizar o envio, a ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, reforçou que o objetivo desse auxílio é garantir que o processo eleitoral transcorra de forma ordeira e tranquila. Além disso, reforçou, a Força Federal pode auxiliar no cumprimento de determinações legais do pleito eleitoral.

Candidato preso por jogar dinheiro presidiu convenção do partido pelo celular

No site oficial de registro de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral, o candidato do Mobiliza à prefeitura de Coari aparece com sua candidatura deferida com recurso. Para a Justiça Eleitoral, a convenção municipal do partido que definiu o nome de Dr. Raoine Cabral como candidato teria sido inválida. Um dos motivos seria a ausência do candidato no local da convenção.

Em sua defesa, Cabral explicou que tinha pedido o adiamento da convenção, mas foi orientado por seus advogados a realizar o evento, obrigatório pela Lei Eleitoral, na data pré-estabelecida. A comissão provisória presidida por ele não estaria com a legitimidade formal para realizar a convenção. E como Cabral não estava na cidade de Coari no dia marcado, o evento foi comandado por ele de forma remota, pelo celular.

“De forma virtual, o recorrido resolveu presidir a cerimônia da convenção que seria realizada na escola. Contudo, quando os convencionais chegaram à escola, esta estava fechada, tendo os convencionais se dirigido à sede municipal do partido. O recorrido realizou a convenção, tendo a presidido de forma virtual. É verdade o que disseram os impugnantes e agora recorrentes quando disseram que o recorrido não estava em Coari na data da convenção, mas é errônea a afirmação de que ele não presidiu a solenidade da convenção”, detalha a defesa de Cabral.

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