Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, do PSD, é reeleito. Centrão avançou conquistando prefeituras pelo país.| Foto: André Coelho / EFE
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Terminado o primeiro turno das eleições municipais de 2024 neste domingo (6), o Centrão segue à frente da maior parte das prefeituras do país. PSD, MDB, PP, União Brasil e Republicanos elegeram um total de 3534 prefeitos. Isso representa 64% dos 5.518 municípios que decidiram seus mandatários no 1º turno.

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Em 2020, o Centrão elegeu seus candidatos em 3.022 cidades. Ou seja, considerando somente o 1º turno, o Centrão conseguiu aumentar esse número com mais 512 prefeituras, um crescimento geral de 16%. E o número de prefeituras conquistadas pelo centrão tende a crescer no 2º turno, que ocorrerá em 51 cidades.

O PSD, partido do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, foi a legenda que mais elegeu prefeitos em todo o país, 882 no total. Ao todo, são 228 prefeitos a mais que em 2020, um crescimento de 36%.

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Em segundo lugar, o MDB fecha o primeiro turno à frente de 855 prefeituras, 71 a mais do que nas eleições anteriores, ou 10% de aumento. O PP, do presidente da Câmara, Arthur Lira, conseguiu eleger 748 prefeitos, 63 a mais que em 2020, um incremento da ordem de 10%.

Já o União Brasil estará no comando de 586 prefeituras. O partido foi formado em 2022, com a fusão do DEM e do PSL. No pleito anterior, as legendas elegeram 464 e 90 prefeitos respectivamente, 554 ao todo, ou seja, 32 a menos que neste primeiro turno.

O Republicanos mais que dobrou o número de prefeitos eleitos em 2020, saindo de 211 para 436 prefeitos, um crescimento de 109%. Veja o gráfico com os partidos que tiveram aumento no número de prefeitos nos dois últimos pleitos:

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

O Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, principal partido de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve crescimento de 52% em relação a 2020, saindo de 345 prefeituras para 511 neste primeiro turno, 166 a mais.

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O partido já garantiu prefeitos em duas capitais: Tião Bocalom, em Rio Branco (AC) e João Henrique Caldas em Maceió (AL), foram eleitos no primeiro turno. O PL ainda disputa o 2º turno em outras nove capitais: Manaus, Fortaleza, Goiânia, Belo Horizonte, Cuiabá, Belém, João Pessoa, Aracaju e Palmas. O partido foi o 5º que mais elegeu prefeitos nesse primeiro turno.

Mas sob a perspectiva de crescimento, nada se compara ao aumento de 1700% do Novo, que fechou o primeiro turno à frente de 18 prefeituras. Em 2020, o partido havia elegido somente um prefeito.

PDT e PSDB sofrem maiores quedas

O PT, após anos amargando consecutivas quedas em prefeituras, voltou a crescer e elegeu 248 prefeitos neste primeiro turno, 65 a mais que nas eleições anteriores, ficando em 9º lugar no ranking.

Em 2020, o partido não elegeu prefeitos em nenhuma das capitais brasileiras e terminou as eleições com 183 prefeituras em todo o país, o menor número em 16 anos.

Neste domingo, novamente o PT não assumiu o comando de nenhuma das capitais, embora tenha candidatos próprios concorrendo ao 2º turno em quatro delas: Fortaleza, Cuiabá, Natal e Porto Alegre.

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Dentre os partidos que perderam prefeituras, o PSDB teve uma redução de 47%, com candidatos eleitos em 276 municípios, contra 520 nas eleições anteriores. O PDT também apresentou queda acentuada, de 52%, saindo do comando de 314 municípios para 151 neste 1º turno.