O ex-governador e deputado federal Beto Richa (PSDB) abandonou a disputa pela prefeitura de Curitiba. O anúncio foi feito pelo próprio Richa em uma coletiva no início da noite desta segunda-feira (5), como antecipou a Gazeta do Povo. Federado com o Cidadania, o PSDB informou que adotará uma postura de neutralidade no primeiro turno das eleições 2024 na capital do Paraná.
Na entrevista, Richa disse que a desistência se deu por uma soma de fatores que teriam potencial de prejudicar sua campanha. Uma das adversidades apontadas por ele é o pouco tempo de propaganda gratuita de rádio e TV.
“Tem partido que vai ter quatro, outros terão seis minutos, e o PSDB teria menos de 30 segundos para apresentar suas propostas e ideias. Nós fizemos um bom plano de governo, mas não temos espaço para apresentá-lo”, reclamou.
Cargo na presidência estadual do partido teria afastado Richa das convenções no interior
O cargo de presidente estadual do partido e da federação com o Cidadania, apontou Richa, o impossibilitou de viajar para o interior do Paraná. Só foi possível, disse Beto Richa, participar de duas convenções: Cascavel e Foz do Iguaçu.
“Muito demandado nas campanhas do interior, tive que declinar de todos os convites que recebi. Alguns destes candidatos estarão na disputa a meu convite. Isso me deixou muito incomodado por não poder dar uma atenção maior, à altura das expectativas destes candidatos por estar me dedicando à minha pré-candidatura”, afirmou.
Apoio do Cidadania ao nome de Pimentel pesou na decisão de Beto Richa
O apoio do Cidadania à candidatura de Pimentel foi o terceiro ponto que colaborou em sua desistência, disse Richa. De acordo com ele, as demonstrações públicas favoráveis ao atual vice-prefeito geraram um “constrangimento interno” na federação.
“Eles fazem parte do governo estadual, e tinham assumido compromisso de apoio ao candidato do governo e da prefeitura. Foi uma decisão difícil, porque não sei se havia algum outro candidato com mais vontade de entrar nessa disputa do que eu”, concluiu.
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