O ex-prefeito de Curitiba Luciano Ducci (PSB), 69 anos, é pré-candidato à prefeitura da capital paranaense em 2024, quando buscará a primeira vitória nas urnas como cabeça de chapa no pleito municipal.
Antigo aliado tucano nos pleitos municipais de 2002 e 2008, Ducci foi eleito vice-prefeito por duas vezes na chapa de Beto Richa (PSDB) e assumiu o posto de chefe do Executivo curitibano após a saída de Richa em 2010, quando o tucano foi eleito governador do Paraná pela primeira vez.
Durante o “mandato-tampão”, Ducci nomeou Marcello Richa, filho mais velho do ex-prefeito, como secretário municipal do Esporte e Juventude. A permanência de Ducci na prefeitura foi interrompida pelas eleições municipais de 2012, quando o então prefeito ficou de fora do segundo turno do pleito da capital, vencido por Gustavo Fruet, candidato do PDT, contra Ratinho Junior - este, então no PSC.
Na eleição de 2012, um dos slogans conhecidos de Ducci tinha sido a palavra "coerência", para atacar a aliança do PDT de Fruet com o PT. Utilizado desde o lançamento da candidatura, o slogan também foi amplamente difundido em adesivos eleitorais do então candidato. PDT que, agora em 2024, tende a ser anunciado com um nome para vice de Ducci, o do deputado estadual Goura. Oficialmente, no entanto, o nome de Goura ainda é considerado como sendo pré-candidato do partido.
Dois anos depois, ele foi eleito deputado federal pelo PSB e votou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016. Na eleição municipal de 2020, Ducci abriu mão da candidatura a prefeito para apoiar a reeleição de Rafael Greca (hoje no PSD) na coligação com o apoio do governador Ratinho Junior (PSD).
No mesmo ano, o deputado federal passou a defender a liberação do cultivo da maconha no país e, em 2021, foi relator do projeto de lei que autorizava o cultivo de cannabis não só para uso medicinal, mas também para fins industriais e comerciais.
Na eleição presidencial de 2022, PT e PSB fizeram uma aliança para chapa Lula-Alckmin, no entanto, a sigla se recusou a apoiar o então candidato petista ao governo do Paraná, Roberto Requião - que deixou o PT, recentemente, na última janela partidária. A possibilidade foi classificada como “chance zero” por Ducci, presidente estadual da legenda.
Histórico de Luciano Ducci enfrenta rejeição da militância petista
Além disso, a coligação com Lula gerou uma debandada de deputados paranaenses filiados ao PSB. Após a guinada à esquerda, Ducci foi endossado pela Federação PT-PV-PCdoB para ser o cabeça da chapa à prefeitura de Curitiba. O histórico do deputado federal é motivo de rejeição entre os militantes petistas no Paraná que defendiam uma candidatura própria.
A trajetória de Ducci na prefeitura de Curitiba começou como médico concursado. Servidor de carreira, ele foi secretário municipal da Saúde e também ocupou o cargo de diretor-geral da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Ducci é casado com a também médica Marry Ducci, tem dois filhos, também médicos, e duas netas.
No estado, segundo a assessoria de imprensa do parlamentar, Ducci implantou cinco centrais regionais de transplante. Em Curitiba, coordenou a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS). Ainda conforme a assessoria do pré-candidato, a cidade foi a primeira do Brasil a ter central de marcação de consultas, central de leitos e a ter todas as unidades de saúde informatizadas.
Programas como o Mãe Curitibana, de atenção às gestantes, e o Hospital do Idoso também foram implantados durante a gestão de Ducci na Secretaria da Saúde de Curitiba. Como prefeito, em pouco mais de dois anos, executou e entregou mais de 7,5 mil obras, de acordo com os dados da assessoria, entre elas, 32 creches [reformadas ou novas] e empreendimentos imobiliários com cerca de 12 mil moradorias concluídas, somado todos os conjuntos habitacionais.
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